quarta-feira, 29 de junho de 2011

FDS: Lyon e Instituto Paul Bocuse!

São 8h48 da manhã, faz 10 minutos que saiu o trem de Strasbourg para Lyon. Enquanto a Luci come o pirulito que ela comprou na Gare de Strasbourg, resolvi escrever um pouco para o blog.

Tá, enquanto eu escrevia o primeiro parágrafo, o trem simplesmente parou e um dos senhores que trabalha no trem saiu correndo pelos vagões. Não sei o que aconteceu, mas surgiu uma voz [acho que era a do motorista (é motorista que fala?)] dizendo que para a nossa segurança, o trem parou e que deveríamos esperar alguns minutos.

Ok, contanto que o trem não exploda comigo aqui dentro, tá ótimo.

Anyways, comecei a escrever para falar sobre o serviço de ontem, na verdade, e não sobre o trem. Mais uma vez, ele foi maravilhoso. Como tenho agradecido a Deus por isso! E não senti dor nos pés, ainda bem!

No almoço de ontem tivemos um banquete para 20 pessoas. Os clientes eram todos alemães e comemoravam o aniversário de uma senhora (só tinha pessoa de idade avançada lá, coisa mais fofa!). Presenciei, por sinal, uma cena linda, linda, linda!

Uma das senhoras saiu para ir ao banheiro, no seu retorno à mesa, enquanto o Jonathan (guri de 18 anos que trabalha no restaurante) já começava a puxar a cadeira para ela se sentar, o marido dela se levantou assim que a viu chegando ao salão e só se sentou quando ela sentou.

Eu adoro presenciar esses atos antigos que infelizmente já não estão mais tão presentes na nossa vida. Claro que isso varia muito de cultura para cultura, porque eu, pelo menos, nunca vi cenas como essas no Brasil; já aqui, isso acontece o tempo todo entre as pessoas mais velhas.

Tivemos 41 couverts pela manhã e 35 de noite. Terminei meu trabalho ontem à meia-noite, junto com a Marion. A Marion é uma estagiária de 18 anos, ela chegou já tá com 2 meses, mas ela passou um mês e meio fazendo estágio na cozinha e está já há duas semanas estagiando no salão do restaurante, onde ela também passará um mês e meio.

O trabalho tem sido bem mais divertido agora que ela chegou, já que é menina, então podemos conversar e comentar alguma coisa engraçada durante o serviço, sem falar que ela é super bem humorada.

Ontem nós fizemos juntas a bac à couvert, que são as “caixas” onde colocamos os talheres a serem utilizados pelos clientes. Essa foi nossa última tarefa do dia, então demos boa noite à madame e descemos para ficar conversando um pouco com o pessoal. Lá em baixo tinha um monte de gente, mais que o de costume: Gio, Carolina, Carlos, Mathieu, Stephan, Nasser, Alejandro e Armand.

Depois de conversarmos por um bom tempo, fui para o quarto, tomei um banho, porque estava simplesmente morrendo de calor (fez 38º!!! Nunca vi isso na minha cidade, Fortaleza!), organizei minhas coisas para a viagem e fiquei um pouco na internet. Fui dormir mais de 3h da matina para acordar às 5h30!

Nós tínhamos ligado para o Sr. Kosher, o taxista da área (ele é a coisa mais fofa desse mundo, uma barriga super saliente, o cabelo bem fino, um sorriso super amigável e um sotaque que, de início, é praticamente impossível de entender) para que ele nos levasse até a estação rodoviária de Niederbronn, mas não deu certo. Ainda bem que a Yoshiko se prontificou a nos levar. Isso é que é hospitalidade! Ontem, durante o almoço, ela veio me perguntar se tinha conseguido falar com o Sr. Kosher e disse que qualquer coisa, ela poderia nos levar.
Como Deus nos abençoa colocando pessoas assim na nossa vida!

Alors... Saímos do restaurante às 6h30, chegamos na Gare faltando uns 5 minutos para sair o trem, deu tempo de nos acomodarmos super bem e esperarmos a partida. Às 8h04, como previsto, estávamos em Strasbourg, onde tomamos nosso café da manhã no “Meet&Go” e viemos direto pegar o trem.

Só abrindo um parêntesis aqui, o trem voltou a andar quando eu comentei o número de couverts que tivemos na segunda-feira. Estou comentando isso agora porque o motorista, maquinista, ou seja lá o que for que conduz o trem, disse que estávamos com um atraso de 10 minutos porque o trem estava com um problema de sinalização.
Ok, parêntesis fechado.

Na tela onde mostra os portões onde cada trem vai parar, não mostrava o trem para Lyon, para o nosso desespero. Foi aí que vimos um trem que ia para Nancy no mesmo horário que iríamos para Lyon, só que não fazia muito sentido para mim, já que Nancy é em outro sentido, mas decidimos ir até lá de qualquer forma. Esse era o portão 3. Lá tinha um homem que lê os bilhetes de trem e perguntamos para ele se era esse o trem e ele disse que não, foi aí que começamos a arrancar nossos cabelos, porque já não estávamos mais com tempo de folga, já que não fomos ao portão correto.

Depois de um longo minuto, ele disse que era o portão 7. Mais uma vez eu e Luci saímos correndo pela estação feito duas loucas, como quando íamos ao restaurante pela primeira vez, em março, quando caí sobre minhas malas.

Faltando menos de 40 segundos para sair o trem, chegamos no andar onde ele estava. Corríamos com nossas mochilas desesperadas, derrubei minha carteira três vezes, ainda bem que o money não caiu, né?

O cara que verifica os bilhetes começou a apitar pra gente e o trem esperou, ainda bem. Entramos com menos de 10 segundos para sair. O trem começou a andar e eu nem tinha sentado ainda. Foi por pouco que não perdemos essa viagem.

Agora são 9h23 e eu vou dar uma descansadinha, afinal, não sou de ferro e só dormi duas horas!

Espero que esse final de semana seja ótimo! Estou ansiosíssima para conhecer o Instituto Paul Bocuse. Só pelas fotos, já dá pra ver que é lindo demais!

Um comentário:

  1. Vá adicionando mais esses pormenores à sua vida. No final tudo serviu de ensino.

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