domingo, 13 de março de 2011

Chegando em Paris! - Parte II

Chegando no Hotel Classics Bastille, onde nos hospedamos, fomos direto para o quarto, tomamos um banho e saímos para comprar nossa passagem de trem para Niederbronn pro domingo, dia 13, às 12h24.

Além da compra da passagem, também nos programamos para conhecer os arredores da Place de Bastille, que fica perto do hotel. Como nos foi informado que essa passagem de trem poderia ser comprada em qualquer estação de metrô, resolvemos parar na primeira estação que aparecesse. Assim que chegamos na estação que não lembro o nome, a parte onde compramos tíquetes estava completamente inóspita.

Lá fomos nós subir as escadas dessa estação para procurar outra. Encontramos uma criança e uma senhora, então resolvemos perguntá-las onde ficava a próxima estação. A criancinha deu um daqueles risinhos maquiavélicos que só criança mesmo consegue reproduzir e disse “a próxima estação é longe, hein?”, depois deu um monte de direção pra gente seguir. Seguimos as direções dadas e, antes de acabá-las, encontramos uma estação de metrô. Sabia que essa criança tava pregando uma peça na gente!

Anyways, não adiantou muito a empolgação por encontrar essa estação, porque na bendita tinha uma pessoa vendendo tíquetes, mas ela nem sequer sabia da existência de Niederbronn. Como ela não foi de grande ajuda, resolvemos pegar o trem lá mesmo para a Gare de Lyon. Lá na Gare ficamos completamente perdidas, e isso já era mais ou menos 20h. Depois de subirmos e descermos um monte de escadas, ir pra direita, quando era pra ir pra esquerda e ir pra esquerda quando deveríamos ter ido pra direita, finalmente encontramos um quiosquezinho de informação.

O senhor que trabalha lá foi super atencioso e nos mostrou como chegar no local onde vendiam as passagens que buscávamos, que era lá mesmo na Gare de Lyon, ainda bem! A fila era pequena e fomos atendidos por uma mulher super legal e paciente pra nos explicar tudo direitinho num francês bem lento pra compreendermos.

Sem contar que ela morria de rir sempre que a gente falava. Eu disse que queria um trem pras 12h24 e ela entendia que era pras 14h24. Passei um século dizendo “non, non! Douze et vingt quatre!”, mas ela entendia “deux et vingt quatre”. Depois de perceber a inutilidade das minhas tentativas, mostrei o papel que imprimi em casa com os horários dos trens. Foi quando ela finalmente me entendeu, deu uma risada, e ajeitou nossas passagens.

Praça da Bastilha
Ah, lembrei o nome da estação onde pegamos o trem pra Gare de Lyon, foi a da Bastilha, porque aproveitamos pra bater umas fotos por lá.

Enfim, depois que compramos as passagens, voltamos para o quiosque de informações da Gare de Lyon e perguntamos para o mesmo senhor como fazíamos para voltar pro hotel, que fica na Rue de Charonne.

Até essa explicação, eu e Luci nos perdemos várias vezes pelos diversos metrôs que pegamos em busca nessas passagens. Depois dela, nossa vida mudou, tudo ficou perfeito porque aprendemos a andar de trem em Paris como verdadeiras parisienses.

Acho até que nosso ano na França pode ser dividido em AE e DE (antes da explicação e depois da explicação). Sério mesmo, o senhor até imprimiu uma folha com o mapa da cidade e escreveu nela cada terminal que deveríamos pegar. Guardei essa folha de lembrança, porque ela (e o senhor do quiosque de informações) salvou nossa vida e poupou muita dor de cabeça e perda de tempo em Paris!

Chegando na estação de Charonne, tudo o que tínhamos a fazer era andar um bloco à nossa frente, dobrar à direita e nessa mesma rua já era o hotel. Se tivéssemos perguntado para alguém na rua, teríamos chegado rapidinho ao hotel, mas, não, não perguntamos, porque estávamos nos sentindo a tal por termos andamos de metrô, como se isso fosse um sinal de que também saberíamos andar pelas ruas de Paris à noite sem problema nenhum.

Espertas como somos, erramos completamente o percurso. Andamos um bloco à nossa direita, depois andamos mais outro bloco no sentido contrário ao hotel e, em seguida, andamos mais um bloco a direita de novo. Paramos numa esquina e resolvemos dobrar, mais uma vez, à direita. Adivinha quantos blocos andamos? Mais um. Adivinha onde chegamos? Na santa estação Du Charonne, nosso ponto de partida.

Ficou óbvio para nós que andamos em círculo. Foi nesse momento que apareceu aquela luzinha em cima das nossas cabeças. Nós tínhamos um mapa! YAY! Por que não olhamos antes??? Anyways, abrimos o mapa e vimos a tonteria que havíamos feito. Foi quando finalmente chegamos ao hotel.

Ao chegarmos lá, era outro recepcionista que nos aguardava. Assim que abrimos a porta, ele já sorriu e perguntou se éramos brasileiras. Não sei como ele conseguiu adivinhar isso, já que quando abrimos a porta, não estávamos conversando. Acho que ele olhou na ficha dos hóspedes que haviam chegado.

Quando dissemos que sim, ele falou que era português e começou a falar no nosso idioma. Essa foi a primeira vez que não tive dificuldade de entender o português de Portugal. Não sei como.

Não perguntei o nome dele e me arrependi de não tê-lo feito, porque queria muito saber como se chamava. Ele foi super receptivo conosco e, inclusive, pegou um mapinha de Paris que o hotel oferece e nos apontou todos os pontos turísticos que deveríamos conhecer, mostrou como deveríamos chegar lá e quais linhas de metrô pegar.

Ele circulou tudo com um marca-texto verde e entregou o mapa pra gente. Depois disso, subimos exaustas para nosso quarto, falamos com nossas famílias pelo skype e fomos dormir ansiosas pra conhecer Paris no outro dia!

Subway!!
PS: No dia seguinte, que reportarei mais tarde, usamos tanto as informações dadas por ele que o mapa ficou até desgastado. Guardei de lembrança!

PS 2: Encontrei um Subway já no primeiro dia em Paris. Tem presente melhor que esse?

Um comentário:

  1. Acabei de chegar em casa e fui direto tentar conectar a internet para saber das últimas notícias. Estou tendo alguns problemas com o manuseio, mas acho que logo aprenderei. Estarei sempre acompanhando suas aventuras, e estou feliz que esteja se divertindo. Suas fotos estão ótimas! Estou esperando notícias qdo chegar ao hotel, e se eu não conseguir falar contigo, manda um recadinho. Te amo muito! Que Deus te abençõe!

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