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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Férias 2011 - 15º dia: roubadas, mas com um fim de tarde maravilhoso!

No nosso último dia passeando por Paris, dia 13 de setembro, terça-feira passada, fomos roubadas.

A culpa foi minha, dei bobeira mesmo. Quando eu e mamãe saíamos de uma loja de calçados, para não perder tempo, saí de lá enquanto guardava o dinheiro na carteira, no lugar de guardar tudo ainda na loja.

Saí toda feliz com meu calçado novo e fui guardar o dinheiro na bolsa da mamãe, já que havíamos parado, porque o sinal para pedestres estava vermelho. Estávamos na boulevard Sain-Michel, que é super movimentada e cheia de turistas.

Um grupo de africanos parou atrás de nós duas e pegaram a carteira que estava na bolsa da mamãe. Já tinham me falado que lá é uma área em que os turistas são frequentemente roubados, mas sabe aquela história, quando pensamos que nunca algo assim vai acontecer conosco? Pois é, no meu mundinho cor de rosa, nunca me passou pela cabeça que seríamos roubadas.

Na minha carteira tinha 600 euros, 300 dólares, meus dois cartões de crédito e meu CPF. Poxa, e acabei de lembrar também que minha carteirinha de estudante internacional e a de alberguista estavam lá também. Que saco!

Graças a Deus que meu passaporte e minha passagem para voltar pro trabalho estavam no hotel. Se tivesse perdido esses dois documentos, estava frita, porque na França o único documento que importa realmente é o passaporte.

O que nos deixou triste foi pensar que deixamos de comprar algumas coisas durante a viagem para economizar e comprar presentes e algumas roupas no último dia de viagem, mas, infelizmente, não pudemos fazer isso.

Quando vinha à Paris me encontrar com mamãe, ainda no dia 30, dividi meu dinheiro e coloquei um pouco na minha mochila e foi isso o que nos salvou durante o restante do dia, caso contrário, não teríamos dinheiro nem para pagar nossos táxis e transfer para a rodoviária e aeroporto.

Sobrou até um dinheirinho pra comermos Subway no jantar, como despedida das férias. Havia planejado isso desde o início da viagem! Olha, se eu não tivesse conseguido comer nem mesmo o meu subway por conta do roubo, ia atrás desses malandros até encontrá-los! Ninguém me priva de comer Subway e sai impune disso!

Ah, fomos à delegacia fazer um boletim de ocorrência e também ligamos pro papi pra que ele cancelasse meu cartão. Graças a Deus deu tudo certinho! O que me impressionou foi a quantidade de pessoas roubadas na mesma boulevard, nesse mesmo horário. A maioria turista e mulher.

Às 17h40 todas as documentações estavam preenchidas e às 18h saímos para andar um pouco para espairecer a mente e aproveitar o restante do dia nessa capital linda, que continuo amando e que a cada dia me fascina mais e mais!

Sabe por que digo isso? Porque para compensar o roubo, Deus nos presenteou com uma caminhada maravilhosa, com um céu que só começou a escurecer depois das 20h. Andamos do Jardim de Luxemburgo até a Igreja de Notre Dame, de lá, seguimos reto pelo Sena e pegamos a Champs-Élysées e fomos até o Arco do Triunfo. Do Arco, seguimos pelo mesmo caminho e voltamos para casa.

Todo esse percurso fizemos a pé e durou três horas! Durante o passeio, pra deixar a tarde ainda mais perfeita, nos deparamos com três artistas de rua que dançavam hip hop na Champs-Élysées. Paramos por uns 15 minutos para assisti-los e isso me deixou radiante! Ai, que saudade vou sentir desses artistas!

Voltando para casa, mais dois presentes. Passávamos pela Praça da Concórdia e, enquanto o sinal estava fechado, olhei para trás e pudemos ver o pôr do sol, que estava lindo! Fiquei triste por não ter levado minha máquina (ainda estava um pouco traumatizada com o roubo) e senti certa “inveja” dos turistas que não paravam de fotografar aquele céu maravilhoso!

O segundo presente: já quase escurecendo mesmo, atravessávamos a Pont Royal e havia uma imensidão de turistas parados, principalmente casais, esperando para a iluminação dos pontos turísticos da cidade, como a Torre, a Igreja de Notre Dame, Conciergerie, Palais de Chaillot, Ópera Garnier, dentre outros.

Tinham uns italianos com a máquina já no tripé, ligada e virada em direção à Torre Eiffel e uns casais apaixonados que deixavam Paris ainda mais romântica. Como foi bom poder voltar ao hotel presenciando tudo isso que ainda não havíamos visto durante todos esses dias!

As princesas!
Para fechar com chave de ouro, ainda compramos um porta-retrato de Paris, como presente para o Papai, que adora revelar fotos nossas e enfeitar a sala com elas. O vendedor, super simpático, ensaiou algumas palavras em português e ainda conversou um pouco conosco.

Terminamos o dia felizes, porém ainda um pouco desacreditadas no que havia ocorrido pela tarde. Assistimos a um programa francês bem no estilo do Raul Gil e American Idol, mas em vez de cantar, as pessoas dançavam. Assistíamos enquanto comíamos nossos subways.

PS: Ainda bem que só fui roubada depois que fui na loja da Disney e comprei as princesas em miniatura pra mim, porque também teria ficado furiosa se não as tivesse comprado! Principalmente agora, que além de ter Bela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Cinderela e Jasmim, também tenho a Pocahontas e a Mulan!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Despedida. =//

Acabei de pegar o trem para Strasbourg. Até hoje fico impressionada com a pontualidade dos metrôs europeus! Bom, pelo menos nos que eu já estive, porque até agora não sofri tanto com atrasos.

Agora são 14h33 e escrevo do trem. Parei um pouco só pra ajudar um senhor a limpar a sujeira que ele acabou de fazer aqui dentro. Tadinho, ele trouxe comida pra comer na viagem e quando abriu o potinho de plástico com aqueles tomates bem redondinhos e pequeninhos, que vinha junto com umas bolinhas de queijo de búfala, o trem virou e o pote caiu no chão com tudo.

Ainda bem que ele não tinha aberto a garrafa de coca light ainda, se não teria derramado também, tendo em vista que ela caiu no chão. A sorte é que o potinho de plástico era só o aperitivo, porque depois ele tirou um baita sanduíche da bolsa. Sabe aquelas baguetes típicas francesas, com queijo de cabra, tomate e alface? Pois é, é isso mesmo o que ele está comendo agora enquanto escrevo.

Eu não estou sentada no lugar em que deveria, porque tem muita gente aqui no vagão, mas uma área dele, mais reservada, ficou vaga, então vim pra cá com minhas malas, porque não tinha mais espaço para elas no porta-malas.

Parece que todo mundo entendeu minha tática, porque fiquei em pé até o trem fechar as portas, assim poderia sentar numa cadeira que não tinha vaga. Foi só eu fazer isso que surgiram mais 5 pessoas. Ainda bem que aqui tem cadeira até dizer chega.

Como fiquei em pé e estava em frente à porta por onde os passageiros entravam, acabei “conhecendo” uma senhora, que estava com duas malas e não conseguia levantá-las, então fui ajudá-la e, por isso, acabei conversando com ela um pouco, o que me ajudou a esquecer por alguns instantes que a mamãe já não estava mais aqui comigo. Isso me fez bem.

O senhor acabou de levantar pra ir tomar café e pediu pra que eu vigiasse as coisas dele. Acho que a coca de 600 ml e o baguete não devem ter sido suficientes... hehe Ele é tão lindo! Bem gordinho, cabelo super branco e já é um senhor de idade mesmo.

Ontem fiquei acordada até tarde, porque não conseguia dormir, mas coloquei o despertador pra tocar mais tarde, às 9h. Só que não adiantou muito, porque às 7h já estava de pé. É difícil dormir quando estamos ansiosos ou um pouco tristes, como é o meu caso, pois sabia que teria que me despedir da mamãe hoje na hora do almoço.

Terminamos de arrumar todas as nossas malas hoje de manhã e entre esse tempo, descemos para tomar o café da manhã. Até lá tentei não ficar pensando na despedida, mas quando comecei a comer, não consegui segurar o choro, porque sabia que era nosso último café-da-manhã juntas esse ano.

Não quero parecer dramática, mas a gente começa a morar longe de casa tão cedo e passa tanto tempo sem ver nossos pais, que mesmo depois de já estarmos acostumados a ter nossa vidinha, quando os vemos novamente, mesmo que por alguns dias, nos lembramos do quanto é bom abraço de mãe, cuidado de pai e de quão especial é poder compartilhar momentos tão maravilhosos com pessoas que nós amamos verdadeiramente.

Bom, do café da manhã subimos novamente e continuamos a batalha com as malas. Tudo terminado, nos restou alguns minutos antes de fazermos o check-out, então aproveitamos para conversar e fizemos uma lista das coisas que devo preparar quando chegar ao restaurante, que inclui trabalho, família, alimentação... Mamãe me ajudou a listar todas essas atividades e isso vai me dar uma força extra pra conseguir cumprir todas as minhas metas.

Faltando pouco menos de 10 minutos para descer, nos sentamos na cama e oramos juntas. Que bom é poder orar com minha mãe e falarmos juntas com nosso Deus! Eu admiro muito a minha mãe pela mulher que ela se tornou e sei que isso foi conseqüência da sua busca incessante por seguir a Cristo e imitá-lo. Sei que devo fazer a mesma coisa, assim como Paulo fez e nos aconselhou a fazer, ao dizer que era um imitador de Cristo.

O check-out era às 12h, então descemos, entregamos a chave e ficamos esperando o transfer da mamãe chegar ao hotel. Nós fomos com motoristas diferentes, porque esse cobrava mais barato que os outros para ir ao aeroporto, já que ele levava outras pessoas para lá também.

Assim que ele chegou, expliquei que ela deveria ser deixada no Terminal 1, onde tem a TAM, e de frente para o portão 24. Disse logo também que ela não falava nada de inglês e nem francês, dessa forma ele teria um cuidado maior com ela.

E foi assim que nos despedimos, atrás do carro, depois que colocamos as malas dela na van. Como queria poder abraçar a mamãe de novo! Ela está no aeroporto agora, enquanto eu estou aqui no trem, já com saudades e querendo pegar o avião para voltar ao Brasil e rever também o papai!

Mas tudo bem, três meses passam rápido, não? E é só mais esse tempo que tenho aqui. Sei que vai dar tudo certo, que essa saudade está mais forte hoje, já que acabamos de nos despedir, mas amanhã já estarei melhor.

Sei que Deus vai me ajudar nessa última etapa e vou conseguir fazer um trabalho melhor no hotel, porque sei que não tenho dado o melhor de mim, apesar de estar me esforçando.

O meu maior medo era o tempo não passar rápido na Gare de L’Est, em Paris, onde pegaria o trem para Strasbourg, porque não estava com muita vontade de ler e tampouco usar o note. Como estava chorando, coloquei meus óculos escuros, assim ninguém via. Ainda bem que fui esperta e não coloquei maquiagem!

Deus, na sua infinita bondade, como de costume, me fez sentar em um banco que não tinha ninguém no momento, mas que minutos depois foi preenchido por um casal britânico super amável que começou a me fazer perguntas sobre o metrô e como tudo funcionava lá: validação de tíquetes, vagões, portões... Isso também me ajudou a ficar mais tranqüila e a não pensar tanto na despedida.

E no trem, Deus colocou esse senhor super fofo que derrubou os tomates no chão. Ele está sentado de frente pra mim (pena que ainda não voltou do café). Só em ter recebido o sorriso dele quando juntei os tomates e quando ele me pediu para vigiar as coisas dele, meu dia já melhorou em progressão geométrica também!

Olha só, né... Primeiro o casal britânico, depois a senhora com as malas e agora esse senhor com os tomates e o café. E todos eram senhores de idade, do jeito que eu adoro! Como Deus é maravilhoso comigo! Até pessoas desconhecidas são postas no meu caminho para melhorar o dia.

Bah, foi só falar nele (no senhor do trem) que ele chegou com um café “à emporter”. O cheiro tá maravilhoso, mas nem o cheiro da bebida me abre o apetite no momento, como geralmente ocorre.

Bom... São 15h13 agora. O trem só chega às 16h40 ou 16h50 em Strasbourg, não lembro exatamente o horário. Vou ver se coloco uma música e leio um pouco o livro que comprei sobre Da Vinci na casa dele.

Férias 2011 - 11º dia: Casa de Da Vinci e Castelos de Chenonceau e Chambord

Fizemos outro passeio com a mesma empresa que nos levou a Giverny, mas dessa vez fomos conhecer o Vale do Loire.

Os brasileiros!
Nosso guia era um mineiro, Magela. Faz 20 anos que ele mora em Paris. No passeio à Giverny dividimos a van com mais seis casais, um da Austrália, outro do Canadá (Alberta) e outro dos EUA (Nova York). Eles foram maravilhosos e conversei bastante com eles. É tão bom encontrarmos pessoas que gostam de conversar, mas na medida certa, claro. Porque sempre tem aquele povo que quando começa, não para mais. Isso me deixa louca! Mas eles, não. Eles conversavam bastante, mas não o tempo todo, o que casou perfeitamente com meu jeito.
Bom, voltando ao Vale do Loire. Na van tínhamos eu e mamãe e mais quatro brasileiros: dois do RJ e um casal de SP. Nossa, a viagem foi super divertida! Rimos bastante, escutamos piadas do Magela, aprendemos sobre os locais que estávamos conhecendo e ainda tivemos um almoço onde aproveitamos para conhecer mais uns aos outros.

Casa de Da Vinci
Nossa primeira parada foi na casa de Leonardo da Vinci. Eu não sabia que ele tinha passado seus últimos dias aqui na França, mas sim, ele morou aqui!  Leonardo recebeu um convite do rei Francisco I para morar na França e ganhou uma casa enorme para isso, com um jardim gigantesco só para ele. Dessa forma, Da Vinci teria calma e tranqüilidade para continuar seus estudos, trabalhos e leitura tanto na arquitetura quanto na ciência, engenharia, filosofia, arte e poesia.

Fiquei impressionada com a capacidade desse homem, com a inteligência que ele tinha. Adorei ler mais sobre ele e ver sua facilidade em várias áreas que se distinguem tanto uma da outra. Eu, que não sabia muito sobre a vida de Da Vinci, só imaginava a Monalisa quando falavam sobre ele, mas agora sei que esse grande artista é muito mais do que apenas o retrato da Joconde.

Da Vinci criou vários tipos de canhões e metralhadoras, arquitetou pontes de vários estilos e também metralhadoras, criou catapultas e asa delta. Todos esses inventos e muitos outros podem ser vistos na casa dele, onde há uma exposição mostrando em miniatura tudo o que ele já inventou. Televisões pela casa também explicam seus inventos de forma descontraída e fácil até para quem não fala o francês.

Com algumas das várias criações de Da Vinci
Da casa de Da Vinci, fomos visitar dois castelos, o primeiro foi Chenonceau, mais conhecido por Castelo das Sete Damas, pois sua história está ligada a sete mulheres, dentre elas, duas rainhas da França.

Castelo de Chenonceau
Depois de ter passado por alguns donos, esse castelo chegou às mãos de Henrique II, que o deu à sua amante, Diane de Poitiers.

Todos os seis brasileiros almoçaram no restaurante do Castelo e depois seguimos rumo ao Castelo de Chambord. Esse castelo, que tem uma arquitetura no estilo renascentista francês, antes era usado apenas como pavilhão de caça para o rei Francisco I. Entretanto, ele foi poucas vezes ao castelo (pode-se contar nos dedos as semanas que ele passou lá durante toda a sua vida) e, por isso, ele ficou abandonado e quase arruinado.

O que “salvou” o Castelo foi o fato de Luís XIII dá-lo de presente ao seu irmão, o Duque de Órleães, que o restaurou e mobiliou todos os aposentos.

Durante a II Guerra Mundial o castelo também serviu de abrigo para várias pinturas que antes eram expostas nos museus do Louvre e de Compiègne.
Castelo de Chambord. Maravilhoso!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Férias 2011 - 10º dia: Quartier Latin, Saint Germain e Giverny

Jardin du Luxembourg

Os dias tem passado super rápidos e em dois dias minha mãe já pega o avião e volta ao Brasil, enquanto eu pego o trem para Strasbourg e depois para Niederbronn e volto à minha rotina de trabalho.

Como na primeira semana de férias conhecemos bem os bairros de Paris, quando voltamos de Londres aproveitamos para viajar a outros locais próximos da capital, como o Vale do Loire, Giverny e a região de Champagne, assim como Fontainebleau, que é nosso destino de hoje.
No mesmo dia que chegamos de Londres, dia 7 de setembro, aproveitamos para visitar os últimos pontos de Paris que ainda não havíamos visto, já que eles ficavam próximos ao hotel onde estamos agora.

Passamos pelo Jardin de Luxembourg, atual Senado Francês; vimos o Museu Nacional de Cluny, as Igrejas de Saint Sulpice, Saint Germain de Prés e Saint Séverin; e também passamos em frente à Sorbonne, Universidade de Paris, onde estudou João Calvino.
Église Saint-Sulpice
Já no dia 8 também andamos um pouco pelo quarteirão, mas tínhamos horário para voltar ao hotel, pois iríamos visitar a casa de Monet, em Giverny, com uma agência de viagens. Às 13h30 eles ficaram de passar no nosso hotel para nos pegar, então deu tempo de andar por umas horinhas e terminarmos de ver tudo o que queríamos no nosso bairro: Panthéon, Arènes de Lutèce e a Église Saint Étienne-du-Mont.
Arènes de Lutèce
A Casa de Monet é incrível, principalmente para quem ama jardinagem e paisagismo, porque ele tem dois jardins magníficos na sua casa, feitos por ele mesmo. Um é o famoso jardim japonês, que ele usou como inspiração para muitas de suas pinturas.
Jardim Japonês de Monet
Monet foi um dos que iniciaram o movimento impressionista na França e um dos poucos artistas que ainda conseguiu alguma fama antes de morrer, já que a grande maioria morre miserável, e só ganha fama depois que já estão em estado de putrefação.

Depois de visitarmos a casa de Monet, fomos conhecer também o museu dos Impressionistas, que fica na mesma rua, a Rua Monet. Nunca pensei que veria tantos quadros de Renoir em uma mesma sala como vi nesse museu!

Ao sairmos de lá, fomos a um quiosquezinho, também na mesma rua, que vende sorvetes caseiros super gostosos. Eu, que nunca fiz muita questão de sorvete, simplesmente amei! Dava pra sentir bem o gosto da fruta e no sorvete de morango a gente chegava até mesmo a morder algumas partes do morango!
Yummiii!
Nossa viagem foi simplesmente maravilhosa! Para finalizar o dia, nosso guia, o Manuel, nos levou para conhecer algumas vilas da Normandia (isso mesmo, passamos pela Normandia!) e vimos casas que no passado pertenciam a trogloditas, homens da caverna. Até hoje essas casas mantem o formato de caverna. Quando as portas estão abertas, podemos ver que por dentro o formato é circular.
Casa nas cavernas.
O mais interessante disso tudo, entretanto, é que a gente vê a parede de pedra mesmo, as portas adaptadas às cavernas e como o ser humano ainda consegue viver de forma rústica, porém bem aconchegante. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Férias 2011 - 5º dia: Palácio de Versalhes, Bairro Judeu e Cadeado da Ligynha!

Não tinha me esquecido de escrever sobre o nosso quinto dia em Paris, mas como estava um pouco atrasada com meus relatos e tinha medo de esquecer algumas coisas, acabei escrevendo logo os textos de cada dia e deixei o de Versalhes para escrever no trem indo de Londres à Paris.

Bom, então é isso, estou escrevendo do trem. Pela primeira vez eu e mamãe vamos viajar pelo tão falado Eurotúnel e atravessaremos o Canal da Mancha no Eurostar.

Jardim do Palácio de Versalhes (uma parte dele!!)
Quanto à Versalhes, fiquei encantada com aquele palácio. Ele é gigantesco, super luxuoso e tem um jardim incrível, além de enorme! Ali é ótimo para pedalar, andar a cavalo, correr e até mesmo velejar! Nossa, que fascínio aquele lugar!

Só fico imaginando naquela época, aqueles reis vivendo com todo aquele luxo, enquanto a população morria de fome e vivia na miséria.

O quarto que mais gostei foi o da Maria Antonieta. Sinceramente, nem a sala dos espelhos me deixou tão apaixonada quanto esse quarto, que é tão feminino e delicado, com as paredes revestidas com pinturas de flores e os sofás e cama feitos com tecido também florido.

Para algumas pessoas isso pode até ser meio brega, mas eu realmente amei, amei, amei!
Quarto de Maria Antonieta
Nossa última parada no Palácio de Versalhes foi a sala por onde os revolucionários entraram durante a Revolução Francesa e capturaram Maria Antonieta e o Rei Luis XVI. No palácio quase não encontramos mobília, porque foram praticamente todas levadas pelos revolucionários, que venderam para outras partes da Europa ou pegaram para si.
Porta por onde entraram os revolucionários

O que também me chamou muita atenção no palácio foram as pinturas feitas no teto. É incrível o talento que os artistas da época tinham, não é como hoje que qualquer um faz um desenho qualquer e é considerado pintor. Os caras eram realmente bons!

A visita ao palácio com áudio-guia torna o passeio ainda melhor. Eu, que nunca gostei de história, sai de lá sabendo muito mais coisa do que quando estava no colégio!

De Versalhes voltamos ao hotel, onde pegamos nossos tíquetes de trem e fomos ao Arco do Triunfo. Só que decidimos fazer o percurso a pé, então saímos da nossa região, Montmartre, e fomos a pé até o Arco, passando também pelo Parc Monceau novamente.

Do Arco, pegamos a Champs-Élysées e seguimos tudo reto, passando pela Praça da Concórdia e Jardin des Tuileries, onde comprei duas camisas de Paris para mim, porque estava morrendo de calor e usava uma blusa de manga longa no momento, a mesma que usei no Palácio de Versalhes.

Continuando nossa rota, passamos na Pont des Arts, e procuramos novamente o cadeado da Ligy e do Alexandre, um casal amigo nosso que freqüenta a mesma igreja que minha família em Fortaleza. Eles foram a Paris no início desse ano e colocaram o cadeado nessa ponte, algo costumeiro entre os turistas.

Dessa vez encontramos bem rápido o cadeado, já que a Ligynha nos deu todas as coordenadas pela internet!
Cadeado da Ligy e do Alexandre
Da ponte, seguimos rumo a Rue des Rosiers, uma rua judaica com várias sinagogas e lojinhas vendendo comidas judaicas, como o falafel. Comprei um falafel vegetariano, por sinal. Bom, acho que era falafel, mas até agora estou na dúvida, porque como muitos dos nomes eram escritos em hebreu, fiquei com uma certa dificuldade para entender, já que não falo esse idioma!
No bairro judaico!
Terminada a odisséia pelo bairro judaico, andamos mais uma meia hora, depois pegamos o trem e paramos na rua do hotel, onde paramos rapidinho para comprar um Subway pra mamãe e uma garrafa de água pra gente!

domingo, 4 de setembro de 2011

Férias 2011 - 4º dia: City Tour, Notre-Dame e Conciergerie


No quarto dia de viagem, dia 2 de setembro, começamos um passeio com uma excursão brasileira, então fizemos um city tour pela cidade dentro de um ônibus, com uma guia explicando a história dos principais pontos turísticos.

O bom de fazer um city tour assim é que passamos pelos locais e sabemos o motivo de eles serem tão importantes, mas não é como se você precisasse de uma guia para isso, basta comprar um livro-guia sobre a cidade que ele sempre fala resumidamente a importância de cada ponto.

Sem contar que você ainda pode descer para bater fotos e passar mais tempo ou menos no lugar, dependendo dos seus gostos, já que terá independência e liberdade para escolher seus horários, diferentemente do que ocorre numa excursão.

Bueno, o city tour durou cerca de duas horas e nossa parada final foi no Arco do Triunfo. Como eu e mamãe já tínhamos visitado essa área, resolvemos voltar pela Champs-Élysées, passar pela Praça da Concórdia, Jardins des Tuileries e Louvre e ir a pé pelo Sena até a Igreja de Notre-Dame.

Eu adoro caminhar pelo Sena, porque sempre presenciamos cenas maravilhosas. Uma das coisas que eu mais gosto nos franceses é o hábito de leitura deles, em todos os parques sempre tem pessoas lendo, até mesmo pelas pontes sempre tem alguém sentado e lendo. A quantidade enorme de sebos que encontramos no percurso entre as pontes também é algo impressionante.

O melhor de tudo não é nem encontrar os sebos, mas ver o número de pessoas paradas em frente a eles, escolhendo livros e discutindo sobre eles. Conversar com franceses é maravilhoso, são pessoas que entendem muito sobre arte e possuem uma bagagem cultural realmente invejável.

Vir à França, principalmente à Paris, faz você querer voltar à época dos grandes poetas e artistas, nem que seja apenas por alguns dias, para saber como era, como eles viviam e o que faziam.

No Quartier Latin encontra-se um café super conhecido, o Les Deux Magots, onde famosos como Hemingway e Picasso freqüentavam. Quando paro para pensar em quantas décadas e gerações esse café já viveu, quantas pessoas importantes já recebeu, fico com uma vontade enorme de voltar no tempo.

Tomando o cafezinho na Champs-Élysées!
Vir a essa capital maravilhosa faz você querer estudar mais sobre as artes, poesia, teatro, sobre os grandes artistas que passaram por aqui e como cada um contribuiu para a história do mundo.

Bom, depois de me empolgar falando sobre essa cidade que me faz perder o fôlego de tão maravilhosa que é, voltemos ao relado da viagem.

Ainda na Champs-Élysées paramos um pouco para comer e tomar café. Foi o melhor café que tomei na França, porque pedi o American Coffee, que veio num copo de 500ml!

Ok, de lá seguimos nosso rumo, fazendo o itinerário que expliquei um pouco mais acima.

Na Conciergerie, com a lista dos condenados!
Na mesma área de Notre-Dame também tem um famoso museu, que foi primeiramente um palácio e depois se tornou uma prisão, servindo de “moradia” até mesmo para Maria Antonieta, na época da Revolução Francesa. Lá ela ficou até ser levada à Praça da Concórdia, onde seria morta na guilhotina.

Nesse museu encontramos também a lista de todas as pessoas guilhotinadas durante a Revolução Francesa. É uma lista exata das 2780 pessoas condenadas à morte em Paris. Nessa lista tem de tudo, desde curandeiros até padres e nobres.

Da Conciergerie, fomos direto à Igreja de Notre-Dame, passando também pela Île de la Cité. A Igreja de Notre-Dame é realmente linda, mas gostei mais dela vista de trás.

Parte traseira de Notre-Dame.
Quando saímos de Notre-Dame, fomos pela Pont de l’Archevêché, onde tem o Mémorial des Martyrs de la Déportation. Mais adiante, escutamos um grupo de artistas tocando e cantando numa ponte. Como não passava carros nela, apenas algumas motos e bicicletas, sentamos na calçada, assim como alguns outros turistas, e ficamos escutando suas músicas.

Ficamos mais ou menos uma hora escutando a banda tocar e só fomos embora quando eles também foram, às 18h! Como não tínhamos andado muito durante o dia, resolvemos voltar a pé até o hotel, o que resultou numa caminhada de 1h30!

Chegamos mortas e com a cheias de calos nos pés, mas, como em todos os outros dias, o passeio valeu muito a pena!

sábado, 3 de setembro de 2011

Férias 2011 - 3º dia: Torre Eiffel e arredores.


Nosso terceiro dia de viagem também foi super legal e menos cansativo, apesar de também termos andado muito!

Torre Eiffel e Pont Bir-Hakeim ao fundo!
Cedinho pegamos o trem na Place Clichy e paramos no Invalides. De lá fomos a pé até a Torre Eiffel. Passamos pela Pont des Invalides, de L’Alma (que tem a estátua de um soldado francês usada para medir o nível das águas do rio Sena), pela passarela de Debilly e, enfim, chegamos à Torre.

Depois de batermos várias fotos de todos os lados da torre, andamos em direção ao Champ de Mars, um jardim lindo onde os turistas aproveitam para descansar um pouco e bater fotos da torre. Atravessando o jardim, chegamos à Escola Militar, onde também tiramos algumas fotografias e voltamos pelo mesmo jardim até chegarmos novamente à torre.

Continuamos nossa caminhada em direção à Pont de Grenelle, que possui uma estátua da liberdade em dimensões menores, virada para o oeste, para os EUA. Antes dessa ponte, entretanto, passamos também pela Pont de Bir-Hakeim, uma das minhas preferidas devido às suas colunas de sustentação.

Assim que terminamos todas as pontes que nos interessavam, voltamos pelo outro lado do Sena, pela Avenue du President Kennedy, a fim de chegarmos ao Palais de Chaillot, que tem um dos maiores museus marítimos do mundo.

Mami e Palais de Chaillot.
O Palais de Chaillot fica bem em frente à Torre Eiffel, só que do outro lado do Sena. A ponte que liga esses dois lugares incríveis é a Pont D’Iena.
Palais de Chaillot
Depois do Palais, fomos conhecer a Pont Royal, que já foi destruída por um incêndio, e a Pont des Arts, uma das primeiras pontes de ferro feitas para pedestres em Paris. Dizem também que ela é a ponte mais romântica de Paris, mas não estou muito de acordo com isso.

Pont des Arts
Findadas todas as nossas atividades do dia, resolvemos pegar o trem para Montmartre, onde tomamos um café e pegamos um sanduba, subimos rumo ao Sacré-Coeur, estendemos minha canga (que ganhei de presente de uma amiga minha lá do Brasil, a Julinha), e ficamos deitadas, aproveitando o solzinho gostoso e o tempo maravilhoso que fazia, lemos e conversamos um pouco e, então, voltamos para casa, já preparando tudo para o quarto dia de viagem!
Fim de tarde no Sacré-Coeur!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Férias 2011 - 1º dia: Montmartre


Acordei às 6h da manhã, já com tudo arrumadinho para pegar o táxi até Strasbourg e de lá pegar o trem para Paris. Eu e Alejandro pegamos o táxi juntos e demorou só uma hora para chegarmos à rodoviária.

O tempo passou super rápido, até porque conversamos um pouco com o André, taxista e cunhado do Mr. Kosher, e depois pegamos num sono e só fomos acordar na garagem da rodoviária de Strasbourg!

Eram 8h em ponto e como o nosso trem só saia às 9h17, resolvemos tomar um café e conversar um pouco até dar o horário certo para pegarmos o trem à Paris.

Graças a Deus foi tudo tranqüilo, até porque o trem era TGV, que é direto e não faz conexão em nenhuma outra cidade, sem contar que é de alta velocidade. Em duas horas e vinte chegamos em Paris e fui correndo pegar o táxi pra ir pro hotel fazer o check-in e ver a mami! Paguei super barato pelo táxi, 12 euros, fiquei tão feliz!

Quando cheguei no balcão da recepção, o recepcionista disse que não tinha nenhuma Gláucia hospedada no Ibis, hotel onde ficaremos hospedadas até o dia 4. Imagina a minha reação quando ele disse isso, né? Quase pirei! Daí dei o meu nome e sobrenome, mas ele disse que não tinha nenhuma reserva no meu nome também!

Ai, ai, ai... Tirei o meu passaporte do bolso e entreguei pra ele, pedi pra que copiasse meu nome e visse se realmente não tava o meu nome na lista dele. O coitado viu que eu já tava em tempo de começar a chorar ali. O meu maior desespero era pensar que minha mãe não tava lá, porque onde ela estaria, então?

Bueno, problema resolvido (nada como uma letra no lugar certo não resolva, afinal, meu sobrenome é CerQueira e não CerGueira), recebi minha chave e me dirigi ao elevador. Foi só virar as costas à recepção e ir apertar o botãozinho que a porta do elevador abriu e adivinha quem saiu de lá? A mamãe com a Bíblia na mão, porque ela tinha pensado em me esperar lá em baixo e ficar lendo enquanto isso.

Não consegui conter o choro! Abri meus abraços e me deixei ser abraçada. Sabe aquele abraço forte, carinhoso, familiar? Que saudade que sentia dele! Como é bom estar em família novamente! Mal posso esperar para receber esse mesmo abraço, mas do papai. Que vontade de abraçar o meu gostosão! 

Anyways, saímos do hotel às 15h para batermos perna um pouquinho. Fomos em direção à Boulevard de Clichy, que fica bem na esquina com a rua do Ibis, a Caulaincourt, para batermos uma foto em frente ao Moulin Rouge. Por sinal, acabei descobrindo um Subway na Boulevard, logo no início dela, bem aqui pertinho do hotel. Yummiii!

Em seguida fomos rumo à Rue Houdon e paramos na Place des Abbesses, que tem uma arquitetura art nouveau em praticamente todos os edifícios, até mesmo a Église St-Jean-de-Montmartre e a entrada do metrô foram projetadas nesse estilo.

Depois da foto, fomos direto ao lugar que mais nos interessava: Sacré-Coeur. Para chegar lá, passamos por ruelas lindas, fiquei me sentindo dentro daqueles filmes feitos na Europa, onde as ruazinhas, além de estreitas, são feitas de pedras arredondadas e ficam cheias de scooters, sem contar as mesinhas de bar sempre cheias de pessoas comendo, bebendo, conversando e curtindo suas vidas verdadeiramente parisienses! Ah, e não nos esqueçamos dos artistas de rua, sempre dando mais vida e alegria a esses lugares.

Bairro de Montmartre
A Sacré-Coeur foi projetada pelo arquiteto Paul Abadie em homenagem aos combatentes que morreram durante a Guerra Franco-Prussiana. Eu adoro a história dessa igreja, sua arquitetura, a vista extraordinária que ela nos proporciona de Paris e o espaço externo super tranqüilo que ela nos oferece para ler, descansar e conversar.

Na verdade, posso dizer que o Bairro de Montmartre como um todo me encanta. Todos os artistas de rua que encontro por lá sempre me fazem ficar com um sorriso de uma orelha a outra, sem contar todos os retratistas e caricaturistas que sempre fazem excelentes desenhos nossos. Fora isso, o fato de Montmartre ser um bairro de escritores, pintores e poetas faz com que ele transborde arte para todos os lados.

Basilique du Sacré-Coeur

Mamãe se acabando de rir da pobre criança
Para fechar o dia com chave de ouro, quando fui bater uma foto da mamãe em uma das várias escadarias da igreja, uma menininha que estava logo atrás dela levou uma queda hilariante, mas o que deixou o momento ainda mais engraçado foi a risada maquiavélica da mamãe. Ela fez com que o Coringa parecesse o ser mais inofensivo da face da terra.

Chegamos no hotel umas 16h, tomamos um banho e umas 19h30 saímos novamente para passear pelo bairro. Retornamos ao hotel, tomamos um expresso delicioso no lobby enquanto conversávamos e umas duas horas depois viemos ao quarto, onde continuamos a tricotar até bater o sono e irmos dormir!
Fim de tarde batendo perna pelo Bairro. Já eram
mais de 20h e ainda estava bem clarinho!

domingo, 13 de março de 2011

Chegando em Paris! - Parte II

Chegando no Hotel Classics Bastille, onde nos hospedamos, fomos direto para o quarto, tomamos um banho e saímos para comprar nossa passagem de trem para Niederbronn pro domingo, dia 13, às 12h24.

Além da compra da passagem, também nos programamos para conhecer os arredores da Place de Bastille, que fica perto do hotel. Como nos foi informado que essa passagem de trem poderia ser comprada em qualquer estação de metrô, resolvemos parar na primeira estação que aparecesse. Assim que chegamos na estação que não lembro o nome, a parte onde compramos tíquetes estava completamente inóspita.

Lá fomos nós subir as escadas dessa estação para procurar outra. Encontramos uma criança e uma senhora, então resolvemos perguntá-las onde ficava a próxima estação. A criancinha deu um daqueles risinhos maquiavélicos que só criança mesmo consegue reproduzir e disse “a próxima estação é longe, hein?”, depois deu um monte de direção pra gente seguir. Seguimos as direções dadas e, antes de acabá-las, encontramos uma estação de metrô. Sabia que essa criança tava pregando uma peça na gente!

Anyways, não adiantou muito a empolgação por encontrar essa estação, porque na bendita tinha uma pessoa vendendo tíquetes, mas ela nem sequer sabia da existência de Niederbronn. Como ela não foi de grande ajuda, resolvemos pegar o trem lá mesmo para a Gare de Lyon. Lá na Gare ficamos completamente perdidas, e isso já era mais ou menos 20h. Depois de subirmos e descermos um monte de escadas, ir pra direita, quando era pra ir pra esquerda e ir pra esquerda quando deveríamos ter ido pra direita, finalmente encontramos um quiosquezinho de informação.

O senhor que trabalha lá foi super atencioso e nos mostrou como chegar no local onde vendiam as passagens que buscávamos, que era lá mesmo na Gare de Lyon, ainda bem! A fila era pequena e fomos atendidos por uma mulher super legal e paciente pra nos explicar tudo direitinho num francês bem lento pra compreendermos.

Sem contar que ela morria de rir sempre que a gente falava. Eu disse que queria um trem pras 12h24 e ela entendia que era pras 14h24. Passei um século dizendo “non, non! Douze et vingt quatre!”, mas ela entendia “deux et vingt quatre”. Depois de perceber a inutilidade das minhas tentativas, mostrei o papel que imprimi em casa com os horários dos trens. Foi quando ela finalmente me entendeu, deu uma risada, e ajeitou nossas passagens.

Praça da Bastilha
Ah, lembrei o nome da estação onde pegamos o trem pra Gare de Lyon, foi a da Bastilha, porque aproveitamos pra bater umas fotos por lá.

Enfim, depois que compramos as passagens, voltamos para o quiosque de informações da Gare de Lyon e perguntamos para o mesmo senhor como fazíamos para voltar pro hotel, que fica na Rue de Charonne.

Até essa explicação, eu e Luci nos perdemos várias vezes pelos diversos metrôs que pegamos em busca nessas passagens. Depois dela, nossa vida mudou, tudo ficou perfeito porque aprendemos a andar de trem em Paris como verdadeiras parisienses.

Acho até que nosso ano na França pode ser dividido em AE e DE (antes da explicação e depois da explicação). Sério mesmo, o senhor até imprimiu uma folha com o mapa da cidade e escreveu nela cada terminal que deveríamos pegar. Guardei essa folha de lembrança, porque ela (e o senhor do quiosque de informações) salvou nossa vida e poupou muita dor de cabeça e perda de tempo em Paris!

Chegando na estação de Charonne, tudo o que tínhamos a fazer era andar um bloco à nossa frente, dobrar à direita e nessa mesma rua já era o hotel. Se tivéssemos perguntado para alguém na rua, teríamos chegado rapidinho ao hotel, mas, não, não perguntamos, porque estávamos nos sentindo a tal por termos andamos de metrô, como se isso fosse um sinal de que também saberíamos andar pelas ruas de Paris à noite sem problema nenhum.

Espertas como somos, erramos completamente o percurso. Andamos um bloco à nossa direita, depois andamos mais outro bloco no sentido contrário ao hotel e, em seguida, andamos mais um bloco a direita de novo. Paramos numa esquina e resolvemos dobrar, mais uma vez, à direita. Adivinha quantos blocos andamos? Mais um. Adivinha onde chegamos? Na santa estação Du Charonne, nosso ponto de partida.

Ficou óbvio para nós que andamos em círculo. Foi nesse momento que apareceu aquela luzinha em cima das nossas cabeças. Nós tínhamos um mapa! YAY! Por que não olhamos antes??? Anyways, abrimos o mapa e vimos a tonteria que havíamos feito. Foi quando finalmente chegamos ao hotel.

Ao chegarmos lá, era outro recepcionista que nos aguardava. Assim que abrimos a porta, ele já sorriu e perguntou se éramos brasileiras. Não sei como ele conseguiu adivinhar isso, já que quando abrimos a porta, não estávamos conversando. Acho que ele olhou na ficha dos hóspedes que haviam chegado.

Quando dissemos que sim, ele falou que era português e começou a falar no nosso idioma. Essa foi a primeira vez que não tive dificuldade de entender o português de Portugal. Não sei como.

Não perguntei o nome dele e me arrependi de não tê-lo feito, porque queria muito saber como se chamava. Ele foi super receptivo conosco e, inclusive, pegou um mapinha de Paris que o hotel oferece e nos apontou todos os pontos turísticos que deveríamos conhecer, mostrou como deveríamos chegar lá e quais linhas de metrô pegar.

Ele circulou tudo com um marca-texto verde e entregou o mapa pra gente. Depois disso, subimos exaustas para nosso quarto, falamos com nossas famílias pelo skype e fomos dormir ansiosas pra conhecer Paris no outro dia!

Subway!!
PS: No dia seguinte, que reportarei mais tarde, usamos tanto as informações dadas por ele que o mapa ficou até desgastado. Guardei de lembrança!

PS 2: Encontrei um Subway já no primeiro dia em Paris. Tem presente melhor que esse?

sábado, 12 de março de 2011

Chegando em Paris! - Parte I

Andei um tanto sumida esses últimos dias, mas não foi por falta de notícias para dar. Acontece que levei meu notebook pra um check-up antes da viagem e isso me fez ficar sem ele por dois dias. Depois disso, em pleno carnaval, ele resolveu dar problema de novo e tive que reformatá-lo pela segunda vez em menos de uma semana.


O único problema é que como meu note resolveu dar prego logo num feriado, não tinha praticamente ninguém trabalhando e todas as lojas só abriam na quarta-feira de tarde (e minha viagem era na quinta!). Acabei comprando um note novo, dessa vez realmente bom, porque fui com meu primo que entende dessas coisas, diferente de mim que não entendo nada, então qualquer um parece bom.

Anyways, depois de muito tentar, conseguimos falar com o Bonfim, que ficou de ir à minha casa na quinta-feira às 9h pra instalar alguns programas no meu notebook novo e recuperar meus arquivos do note velho. O Bonfim foi a minha salvação, porque ele vive ocupado e, mesmo assim, foi lá em casa resolver todo esse caos antes de eu viajar.

Era ele mexendo no meu note e eu e mamãe terminando de organizar as malas e nos arrumando pra viagem. Uma correria só!!

Com meus primos lindos! Faltando só a Ina.
Alors... Cheguei ao aeroporto de Fortaleza ontem às 15h pra viagem, fiz o check-in, despachei minhas malas e fiquei o tempo restante com minha família que foi se despedir de mim no aeroporto.

Antes de chegar ao aeroporto, papai me chamou no escritório dele pra conversarmos e foi uma das melhores conversas que tive com ele nessas férias. Não foi assunto trivial, como de costume, talvez por isso tenha gostado tanto.

Papai se despediu de mim junto com minha família no aeroporto de Fortaleza, enquanto mamãe foi comigo até São Paulo. Como eu fui com ela nessa primeira parte da viagem, acabei nem chorando.

Foto batida pela Fran no avião da TAM: Luci e eu!
Assim que chegamos ao aeroporto de Guarulhos, fui direto procurar o portão 14, onde me encontrei com a Luci e, então, fizemos outro check-in para embarcarmos no avião pra França.

Eu estava tranquila até o momento em que cheguei em SP e tive que me despedir da mamãe. A ficha ainda não caiu totalmente, mas começou a cair a partir daí. Mamãe orou abraçada comigo e isso me acalmou, só que ainda sinto um aperto cada vez que me lembro dela acenando pra mim enquanto eu estava na fila de embarque internacional.

Meus pais maravilhosos!
É difícil ter que dar um “até próximo ano” pra uma pessoa que você ama tanto, como é o meu caso em relação à minha melhor amiga, minha mãe. Igualmente difícil é pensar no pai maravilhoso que eu tenho e não escorrer lágrimas do meu rosto.

Mas nem só de saudade vive o homem, não é? A viagem no avião foi ótima! Foi uma das melhores viagens que já fiz, porque o céu tava bem limpo e mal tivemos turbulência durante as 11 horas de vôo. Não consegui pregar o olho na viagem, minha adrenalina tava a mil, então passei o tempo todo vendo meus vídeos no notebook e assistindo a alguns filmes na televisãozinha de frente pra minha poltrona.

A TAM me surpreendeu. Nunca tinha feito um vôo internacional com ela e eu adorei o tratamento deles com os passageiros. O serviço era excelente, a comida também era muito boa e a estrutura do avião também.
Nesse vôo conhecemos uma gaúcha chamada Franciele. Ela trabalha pra uma empresa no RS e foi passar 10 dias trabalhando na França representando a empresa dela. Essa não foi a primeira vez que ela veio pra cá a trabalho e, inclusive, conheceu o atual namorado dela aqui.

Na fila para o embarque no avião que nos levaria à França, tinha uma mulher que receio ter sido impedida de viajar, porque ela não portava nenhuma identidade com ela e dizia que morava na Bélgica fazia sete anos e trabalhava lá como advogada, mas não tinha nenhum comprovante disso. Anyways, o bafafá foi grande! Hehe

Quando chegamos em Paris, passamos pela alfândega (graças a Deus foi super tranqüilo e não perguntaram praticamente nada) e fomos pegar nossas malas. O único problema foi que saímos da sala de desembarque e deixamos nossas malas na esteira! Foi uma novela para recuperarmos. Formos até um stand sobre informações do aeroporto, falamos com a moça que tínhamos esquecido nossas malas na esteira e pedimos para voltar. E não é que ela deixou sem problema nenhum?

Depois de voltarmos para a sala de desembarque e pegarmos nossas malas abandonadas, saímos de novo e fomos procurar um táxi. O problema é que o aeroporto de Paris é tão grande que nos perdemos e ficamos subindo e descendo elevadores milhões de vezes e perguntando para várias pessoas onde podíamos pegar um táxi, mas ninguém nos dava uma resposta satisfatória.

Mais de 40 minutos depois, um taxista andando pelo aeroporto percebeu que precisávamos de táxi e então se ofereceu para nos levar. Fomos conversando com ele até o hotel onde ficaremos esses dois dias.

Mas nossas aventuras por Paris não acabam por aí. Hoje passamos por umas poucas e boas também, mas relatarei apenas amanhã, visto que já passam da uma hora da manhã aqui e eu preciso ir dormir para acordar cedinho e passar o dia todo batendo perna em Paris com a Luci.

Au revoir, people!