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domingo, 25 de setembro de 2011

Aniversário do Papi!

Hoje o papai completa 67 anos e só Deus sabe o quanto eu gostaria de estar lá nesse momento. Nossa família não tem o hábito de comemorar aniversário, então não é só pelo fato de o papai estar aniversariando que eu gostaria de estar presente, mas por ele me fazer falta diariamente.

Sei que é muito fácil dizer isso quando estamos longe, até porque a distância sempre faz com que nossos relacionamentos pareçam uma maravilha, quando sabemos que não é bem assim.

Bem sei que meu comportamento para com o papai não era dos mais exemplares, muito menos a minha falta de paciência ou o fato de sempre ser muito calada e não querer ficar conversando muito.

Lembro uma vez, no caminho para a academia, que o papai reclamou porque não me via empolgada com a minha profissão (tinha acabado de me formar e aguardava o estágio aqui na França), não falava sobre meus planos futuros, não conversava...

Acho que sempre tenho minhas ressalvas quanto a isso por ter medo de não dar certo tudo o que planejei, ou até porque também vivo mudando de plano, então acho que nem vale a pena comentar.

Em alguns momentos, tenho apenas medo de frustrar meus pais, de não ser tudo aquilo que eles pensam que sou ou de não ter a capacidade que eles acreditam que tenho.

O papai é uma das pessoas que mais amo no mundo e jamais gostaria de magoá-lo, mas sei que esse meu silêncio, além de deixá-lo preocupado ou ansioso quanto ao meu futuro, faz com que ele se sinta repelido por mim.

Nunca quis que ele pisasse em ovos comigo, mas por anos o nosso relacionamento foi dessa forma. E a culpa foi minha.

Por que é tão fácil ser simpática e amorosa com pessoas que mal conhecemos, ser paciente com alguém que nunca vimos antes, mas tão difícil fazer isso com quem amamos? Talvez seja por comodismo, vai ver eu sei que o papai nunca vai me fechar a porta na cara ou me negar um favor, independente da forma com que eu aja, e por isso eu seja assim, acomodada.

Já morei fora algumas vezes, mas aqui na França foi onde eu mais refleti sobre minhas atitudes com meus pais. Quando digo que gostaria de estar lá, não é apenas pelo aniversário do papai, mas porque queria estar em Fortaleza, com minha família. Queria dizer o quanto eu os amo, o quanto os admiro e o quanto gostaria de voltar no tempo e poder construir um relacionamento diferente.

Como eu queria sentar com o papai à mesa, durante o almoço, e perguntar como foi o movimento no posto, depois conversar sobre os meus planos, pedir a opinião dele...

Sei que tenho meus defeitos, que sou altamente impaciente, ansiosa e, o pior de tudo, calada, sei que não converso, não fico puxando muito assunto, mas gostaria de mudar e sei que posso ser uma filha diferente.

Quando chegar em casa em janeiro, quero sentar com o papai, contar pra ele meus planos, pedir sua opinião. Indo mais além, quero ser mais paciente, quero conseguir sorrir todas as vezes que ele me chamar para resolver um problema no computador; quero repetir o que disse quando ele não me escutar bem, mas sem metralhá-lo com os olhos; quero poder ser uma filha que ame o pai não de boca para fora, mas com ações e gestos simples do cotidiano.

Tudo o que quero e peço a Deus é para que consiga ser uma filha à altura do pai que eu tenho. Porque um homem que colocou a vida em segundo plano para viver pra esposa e pros filhos, merece muito mais do que eu, como filha, tenho oferecido.

Papi, eu não me canso de dizer que você é o melhor pai do mundo. Eu te amo muito e prometo que vou mudar e vou lutar pelo nosso relacionamento, que eu sei que é bom, mas poderia ser muito melhor se eu não tivesse cometido alguns erros.

Obrigada por sempre ter sido esse pai tão presente quando eu, através do meu silêncio, me fazia ausente.

Eu te amo muito, lindão! E você não sabe o quanto o seu abraço, o seu sorriso, aquela sua gargalhada gostosa e a segurança que você me transmite me fazem falta.

Pode preparar a mesa da sala em janeiro, porque é nela que organizaremos – juntos – os planos que tenho para o meu futuro!

Fica com Deus, lindão! E parabéns pelos 67 anos! Que o nosso maravilhoso Pai te conserve esse homem honesto, fiel, carinhoso e trabalhador. Como eu te amo, papi! E como sou feliz por saber que viveremos não apenas essa vida, mas toda a eternidade juntos!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Despedida. =//

Acabei de pegar o trem para Strasbourg. Até hoje fico impressionada com a pontualidade dos metrôs europeus! Bom, pelo menos nos que eu já estive, porque até agora não sofri tanto com atrasos.

Agora são 14h33 e escrevo do trem. Parei um pouco só pra ajudar um senhor a limpar a sujeira que ele acabou de fazer aqui dentro. Tadinho, ele trouxe comida pra comer na viagem e quando abriu o potinho de plástico com aqueles tomates bem redondinhos e pequeninhos, que vinha junto com umas bolinhas de queijo de búfala, o trem virou e o pote caiu no chão com tudo.

Ainda bem que ele não tinha aberto a garrafa de coca light ainda, se não teria derramado também, tendo em vista que ela caiu no chão. A sorte é que o potinho de plástico era só o aperitivo, porque depois ele tirou um baita sanduíche da bolsa. Sabe aquelas baguetes típicas francesas, com queijo de cabra, tomate e alface? Pois é, é isso mesmo o que ele está comendo agora enquanto escrevo.

Eu não estou sentada no lugar em que deveria, porque tem muita gente aqui no vagão, mas uma área dele, mais reservada, ficou vaga, então vim pra cá com minhas malas, porque não tinha mais espaço para elas no porta-malas.

Parece que todo mundo entendeu minha tática, porque fiquei em pé até o trem fechar as portas, assim poderia sentar numa cadeira que não tinha vaga. Foi só eu fazer isso que surgiram mais 5 pessoas. Ainda bem que aqui tem cadeira até dizer chega.

Como fiquei em pé e estava em frente à porta por onde os passageiros entravam, acabei “conhecendo” uma senhora, que estava com duas malas e não conseguia levantá-las, então fui ajudá-la e, por isso, acabei conversando com ela um pouco, o que me ajudou a esquecer por alguns instantes que a mamãe já não estava mais aqui comigo. Isso me fez bem.

O senhor acabou de levantar pra ir tomar café e pediu pra que eu vigiasse as coisas dele. Acho que a coca de 600 ml e o baguete não devem ter sido suficientes... hehe Ele é tão lindo! Bem gordinho, cabelo super branco e já é um senhor de idade mesmo.

Ontem fiquei acordada até tarde, porque não conseguia dormir, mas coloquei o despertador pra tocar mais tarde, às 9h. Só que não adiantou muito, porque às 7h já estava de pé. É difícil dormir quando estamos ansiosos ou um pouco tristes, como é o meu caso, pois sabia que teria que me despedir da mamãe hoje na hora do almoço.

Terminamos de arrumar todas as nossas malas hoje de manhã e entre esse tempo, descemos para tomar o café da manhã. Até lá tentei não ficar pensando na despedida, mas quando comecei a comer, não consegui segurar o choro, porque sabia que era nosso último café-da-manhã juntas esse ano.

Não quero parecer dramática, mas a gente começa a morar longe de casa tão cedo e passa tanto tempo sem ver nossos pais, que mesmo depois de já estarmos acostumados a ter nossa vidinha, quando os vemos novamente, mesmo que por alguns dias, nos lembramos do quanto é bom abraço de mãe, cuidado de pai e de quão especial é poder compartilhar momentos tão maravilhosos com pessoas que nós amamos verdadeiramente.

Bom, do café da manhã subimos novamente e continuamos a batalha com as malas. Tudo terminado, nos restou alguns minutos antes de fazermos o check-out, então aproveitamos para conversar e fizemos uma lista das coisas que devo preparar quando chegar ao restaurante, que inclui trabalho, família, alimentação... Mamãe me ajudou a listar todas essas atividades e isso vai me dar uma força extra pra conseguir cumprir todas as minhas metas.

Faltando pouco menos de 10 minutos para descer, nos sentamos na cama e oramos juntas. Que bom é poder orar com minha mãe e falarmos juntas com nosso Deus! Eu admiro muito a minha mãe pela mulher que ela se tornou e sei que isso foi conseqüência da sua busca incessante por seguir a Cristo e imitá-lo. Sei que devo fazer a mesma coisa, assim como Paulo fez e nos aconselhou a fazer, ao dizer que era um imitador de Cristo.

O check-out era às 12h, então descemos, entregamos a chave e ficamos esperando o transfer da mamãe chegar ao hotel. Nós fomos com motoristas diferentes, porque esse cobrava mais barato que os outros para ir ao aeroporto, já que ele levava outras pessoas para lá também.

Assim que ele chegou, expliquei que ela deveria ser deixada no Terminal 1, onde tem a TAM, e de frente para o portão 24. Disse logo também que ela não falava nada de inglês e nem francês, dessa forma ele teria um cuidado maior com ela.

E foi assim que nos despedimos, atrás do carro, depois que colocamos as malas dela na van. Como queria poder abraçar a mamãe de novo! Ela está no aeroporto agora, enquanto eu estou aqui no trem, já com saudades e querendo pegar o avião para voltar ao Brasil e rever também o papai!

Mas tudo bem, três meses passam rápido, não? E é só mais esse tempo que tenho aqui. Sei que vai dar tudo certo, que essa saudade está mais forte hoje, já que acabamos de nos despedir, mas amanhã já estarei melhor.

Sei que Deus vai me ajudar nessa última etapa e vou conseguir fazer um trabalho melhor no hotel, porque sei que não tenho dado o melhor de mim, apesar de estar me esforçando.

O meu maior medo era o tempo não passar rápido na Gare de L’Est, em Paris, onde pegaria o trem para Strasbourg, porque não estava com muita vontade de ler e tampouco usar o note. Como estava chorando, coloquei meus óculos escuros, assim ninguém via. Ainda bem que fui esperta e não coloquei maquiagem!

Deus, na sua infinita bondade, como de costume, me fez sentar em um banco que não tinha ninguém no momento, mas que minutos depois foi preenchido por um casal britânico super amável que começou a me fazer perguntas sobre o metrô e como tudo funcionava lá: validação de tíquetes, vagões, portões... Isso também me ajudou a ficar mais tranqüila e a não pensar tanto na despedida.

E no trem, Deus colocou esse senhor super fofo que derrubou os tomates no chão. Ele está sentado de frente pra mim (pena que ainda não voltou do café). Só em ter recebido o sorriso dele quando juntei os tomates e quando ele me pediu para vigiar as coisas dele, meu dia já melhorou em progressão geométrica também!

Olha só, né... Primeiro o casal britânico, depois a senhora com as malas e agora esse senhor com os tomates e o café. E todos eram senhores de idade, do jeito que eu adoro! Como Deus é maravilhoso comigo! Até pessoas desconhecidas são postas no meu caminho para melhorar o dia.

Bah, foi só falar nele (no senhor do trem) que ele chegou com um café “à emporter”. O cheiro tá maravilhoso, mas nem o cheiro da bebida me abre o apetite no momento, como geralmente ocorre.

Bom... São 15h13 agora. O trem só chega às 16h40 ou 16h50 em Strasbourg, não lembro exatamente o horário. Vou ver se coloco uma música e leio um pouco o livro que comprei sobre Da Vinci na casa dele.

Férias 2011 - 11º dia: Casa de Da Vinci e Castelos de Chenonceau e Chambord

Fizemos outro passeio com a mesma empresa que nos levou a Giverny, mas dessa vez fomos conhecer o Vale do Loire.

Os brasileiros!
Nosso guia era um mineiro, Magela. Faz 20 anos que ele mora em Paris. No passeio à Giverny dividimos a van com mais seis casais, um da Austrália, outro do Canadá (Alberta) e outro dos EUA (Nova York). Eles foram maravilhosos e conversei bastante com eles. É tão bom encontrarmos pessoas que gostam de conversar, mas na medida certa, claro. Porque sempre tem aquele povo que quando começa, não para mais. Isso me deixa louca! Mas eles, não. Eles conversavam bastante, mas não o tempo todo, o que casou perfeitamente com meu jeito.
Bom, voltando ao Vale do Loire. Na van tínhamos eu e mamãe e mais quatro brasileiros: dois do RJ e um casal de SP. Nossa, a viagem foi super divertida! Rimos bastante, escutamos piadas do Magela, aprendemos sobre os locais que estávamos conhecendo e ainda tivemos um almoço onde aproveitamos para conhecer mais uns aos outros.

Casa de Da Vinci
Nossa primeira parada foi na casa de Leonardo da Vinci. Eu não sabia que ele tinha passado seus últimos dias aqui na França, mas sim, ele morou aqui!  Leonardo recebeu um convite do rei Francisco I para morar na França e ganhou uma casa enorme para isso, com um jardim gigantesco só para ele. Dessa forma, Da Vinci teria calma e tranqüilidade para continuar seus estudos, trabalhos e leitura tanto na arquitetura quanto na ciência, engenharia, filosofia, arte e poesia.

Fiquei impressionada com a capacidade desse homem, com a inteligência que ele tinha. Adorei ler mais sobre ele e ver sua facilidade em várias áreas que se distinguem tanto uma da outra. Eu, que não sabia muito sobre a vida de Da Vinci, só imaginava a Monalisa quando falavam sobre ele, mas agora sei que esse grande artista é muito mais do que apenas o retrato da Joconde.

Da Vinci criou vários tipos de canhões e metralhadoras, arquitetou pontes de vários estilos e também metralhadoras, criou catapultas e asa delta. Todos esses inventos e muitos outros podem ser vistos na casa dele, onde há uma exposição mostrando em miniatura tudo o que ele já inventou. Televisões pela casa também explicam seus inventos de forma descontraída e fácil até para quem não fala o francês.

Com algumas das várias criações de Da Vinci
Da casa de Da Vinci, fomos visitar dois castelos, o primeiro foi Chenonceau, mais conhecido por Castelo das Sete Damas, pois sua história está ligada a sete mulheres, dentre elas, duas rainhas da França.

Castelo de Chenonceau
Depois de ter passado por alguns donos, esse castelo chegou às mãos de Henrique II, que o deu à sua amante, Diane de Poitiers.

Todos os seis brasileiros almoçaram no restaurante do Castelo e depois seguimos rumo ao Castelo de Chambord. Esse castelo, que tem uma arquitetura no estilo renascentista francês, antes era usado apenas como pavilhão de caça para o rei Francisco I. Entretanto, ele foi poucas vezes ao castelo (pode-se contar nos dedos as semanas que ele passou lá durante toda a sua vida) e, por isso, ele ficou abandonado e quase arruinado.

O que “salvou” o Castelo foi o fato de Luís XIII dá-lo de presente ao seu irmão, o Duque de Órleães, que o restaurou e mobiliou todos os aposentos.

Durante a II Guerra Mundial o castelo também serviu de abrigo para várias pinturas que antes eram expostas nos museus do Louvre e de Compiègne.
Castelo de Chambord. Maravilhoso!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Férias 2011 - 10º dia: Quartier Latin, Saint Germain e Giverny

Jardin du Luxembourg

Os dias tem passado super rápidos e em dois dias minha mãe já pega o avião e volta ao Brasil, enquanto eu pego o trem para Strasbourg e depois para Niederbronn e volto à minha rotina de trabalho.

Como na primeira semana de férias conhecemos bem os bairros de Paris, quando voltamos de Londres aproveitamos para viajar a outros locais próximos da capital, como o Vale do Loire, Giverny e a região de Champagne, assim como Fontainebleau, que é nosso destino de hoje.
No mesmo dia que chegamos de Londres, dia 7 de setembro, aproveitamos para visitar os últimos pontos de Paris que ainda não havíamos visto, já que eles ficavam próximos ao hotel onde estamos agora.

Passamos pelo Jardin de Luxembourg, atual Senado Francês; vimos o Museu Nacional de Cluny, as Igrejas de Saint Sulpice, Saint Germain de Prés e Saint Séverin; e também passamos em frente à Sorbonne, Universidade de Paris, onde estudou João Calvino.
Église Saint-Sulpice
Já no dia 8 também andamos um pouco pelo quarteirão, mas tínhamos horário para voltar ao hotel, pois iríamos visitar a casa de Monet, em Giverny, com uma agência de viagens. Às 13h30 eles ficaram de passar no nosso hotel para nos pegar, então deu tempo de andar por umas horinhas e terminarmos de ver tudo o que queríamos no nosso bairro: Panthéon, Arènes de Lutèce e a Église Saint Étienne-du-Mont.
Arènes de Lutèce
A Casa de Monet é incrível, principalmente para quem ama jardinagem e paisagismo, porque ele tem dois jardins magníficos na sua casa, feitos por ele mesmo. Um é o famoso jardim japonês, que ele usou como inspiração para muitas de suas pinturas.
Jardim Japonês de Monet
Monet foi um dos que iniciaram o movimento impressionista na França e um dos poucos artistas que ainda conseguiu alguma fama antes de morrer, já que a grande maioria morre miserável, e só ganha fama depois que já estão em estado de putrefação.

Depois de visitarmos a casa de Monet, fomos conhecer também o museu dos Impressionistas, que fica na mesma rua, a Rua Monet. Nunca pensei que veria tantos quadros de Renoir em uma mesma sala como vi nesse museu!

Ao sairmos de lá, fomos a um quiosquezinho, também na mesma rua, que vende sorvetes caseiros super gostosos. Eu, que nunca fiz muita questão de sorvete, simplesmente amei! Dava pra sentir bem o gosto da fruta e no sorvete de morango a gente chegava até mesmo a morder algumas partes do morango!
Yummiii!
Nossa viagem foi simplesmente maravilhosa! Para finalizar o dia, nosso guia, o Manuel, nos levou para conhecer algumas vilas da Normandia (isso mesmo, passamos pela Normandia!) e vimos casas que no passado pertenciam a trogloditas, homens da caverna. Até hoje essas casas mantem o formato de caverna. Quando as portas estão abertas, podemos ver que por dentro o formato é circular.
Casa nas cavernas.
O mais interessante disso tudo, entretanto, é que a gente vê a parede de pedra mesmo, as portas adaptadas às cavernas e como o ser humano ainda consegue viver de forma rústica, porém bem aconchegante. 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Férias 2011 - 8º dia: London Eye e Madame Tussauds

Logo cedinho pegamos o ônibus e fomos até a London Eye, a maior roda gigante da Europa e uma das atrações turísticas mais famosas de Londres. Ela tem 135 metros de altura e foi inaugurada pelo então primeiro ministro britânico Tony Blair, em 1999, mas só foi aberta ao público em março do ano 2000, por causa de problemas técnicos.
Eu e mamãe no London Eye. Big Ben ali atrás!

Ela fica bem no coração de Londres e nos disponibiliza uma vista espetacular da cidade, principalmente quando faz sol, porque quando está chovendo, sinceramente, a vista não é tão legal, principalmente porque não conseguimos enxergar muita coisa.

Uma das partes mais legais ocorre bem no início, quando assistimos a um pequeno vídeo 3D sobre Londres vista da London Eye. Parece que os pássaros vão passar bem pertinho do nosso rosto, que vamos nos molhar com a chuva... Foi realmente um vídeo super bem feito e vale a pena assistir!

Da London Eye, seguimos rumo ao Madame Tussauds, um museu de cera que expõe várias personalidades, tanto históricas quanto do mundo dos esportes, artes, cinema e ciência. Outro local que vale a pena conhecer e é super divertido!

Madame Tussauds
Terminamos nossos passeios às 14h, quando voltamos para o hotel, organizamos algumas coisas e já saímos de novo pela cidade, andando até a Abadia de Westminster, onde compramos algumas lembrancinhas para o meu irmão, Natan.

De lá quisemos nos aventurar pela cidade, logo, pensamos em voltar para o hotel sem realmente seguir nosso mapa. Resultado? O hotel fica ao norte da cidade e depois de meia hora, quando resolvemos verificar onde estávamos, vimos que íamos reto, mas para o oeste. Ai, ai, ai... Tudo bem, sem problemas, nos encontramos no mapa e resolvemos segui-lo direitinho dessa vez, mas não deu muito certo.

Acho que andávamos em círculos, porque já não agüentava mais ler Eaton Square e Grosvenor Gardens. Pra completar nossa situation, começou a cair um toró dos bons, uma chuva tão forte, mas tão forte, que ficamos completamente molhadas e com as meias ensopadas.

Deixamos o orgulho de lado, pegamos um táxi e dissemos que queríamos ir à Russel Square, região onde fica o nosso hotel. O taxista parou bem na avenida, o que foi ótimo, porque só precisávamos atravessar a rua para comprar um Subway e ir ao hotel, que ficava a dois minutos a pé de lá. Como a chuva tinha acabado, foi isso que fizemos, pegamos o sub, compramos café para mim e voltamos ao hotel.

Férias 2011 - 7º dia: Londres e Castelo de Windsor

Já que temos pouco tempo em Londres, eu e mamãe resolvemos acordar cedinho para andar um pouco pela cidade, antes de pararmos nos pontos mais importantes. Como estamos na Russell Square, andamos um pouco pelo parque, que até ontem eu nem sabia que era a Russell Squarre, mas tudo bem, disfarça!

Lincoln's Inn
Andamos ainda pela avenida do hotel e chegamos ao The Honourable Society of Lincoln’s Inn”, uma sociedade famosa e ativa de advogados em Londres.

De lá nós voltamos ao hotel pelo outro lado da rua, assim conheceríamos mais coisas. Do hotel, pegamos o ônibus e passamos pelo Big Ben, Abadia de Westminster e Palácio de Buckingham.

O Big Ben, que está numa torre de quase 100 metros de altura, mais precisamente 98,5m: a Clock Tower, faz parte do Palácio de Westminster e fica entre a Ponte de Westminster e a Abadia de Westminster. Somente os britânicos com uma autorização podem visitá-lo.

Big Ben
É na abadia de Westminster que ocorrem as coroações e os funerais dos monarcas ingleses. Ela foi construída por Eduardo, o Confessor, entre 1045 e 1050, como forma de se redimir por não ter realizado uma promessa, que era fazer uma peregrinação.


Nossa última parada antes de irmos até a cidade de Windsor foi o Palácio de Buckingham. Ele foi eleito o quarto prédio mais feio de Londres em 2005!

Terminada a programação da manhã, andamos um pouco por Londres até 12h30, quando fomos à Windsor conhecer a cidade, mas, principalmente, o famoso Castelo de Windsor.

Em Windsor, com vista para o Castelo.
Esse castelo ainda é considerado um Palácio Real e é uma das principais residências dos monarcas britânicos. Quando a família real não está no castelo, no topo dele fica erguida a bandeira da Inglaterra, mas quando a família real passa alguns dias lá, a bandeira inglesa é trocada pela real.

O Castelo de Windsor foi um dos lugares que eu mais gostei de conhecer. Ele é bem diferente dos Palácios, que são bem mais cheios de pompa. O Castelo é mais rústico, parece uma cidade mesmo lá dentro, com espaço para canhões e tudo! Lindo, lindo, lindo!

Ah, e aqueles guardas britânicos, com aquelas roupas vermelhas e os chapéus grandes, pretos, dão um charme a mais ao local. E tem também umas senhoras muito lindas vestidas de guarda. Cheguei até a bater foto com uma delas! Antes não ia bater, porque fiquei com vergonha de pedir, foi graças à mamãe que agora tenho uma foto com uma delas.

Depois da visita, voltamos ao hotel, passando pela cidadezinha de Datchet, onde o Michael Caine tem uma fazenda linda, cheia de frutas!

Mamis no Castelo de Windsor

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Férias 2011 - 6º dia: Londres

O sexto dia foi bem cansativo, mas não porque fizemos muita coisa turística, mas porque saímos de Paris para Londres e a viagem durou mais de dez horas. Poderia ter sido mais rápido se tivéssemos ido pelo Eurotúnel, mas fomos com um grupo num mini-cruzeiro que saia de Calais e atravessava o Canal da Mancha, finalizando em Dover. De lá continuamos até a cidade de Londres.

Durante a viagem no Canal da Mancha, aproveitei pra tomar 500 ml de American Coffee, enquanto a mamãe comprou três barras de chocolate para ela.

Chegamos ao hotel por volta das 16h15 horário de Londres, que é uma hora a menos que Paris e quatro a menos que Brasil.

Arrumamos nossas coisas no quarto do hotel, que era bem espaçoso, tomamos nosso banho e nos arrumamos para o passeio da noite, que seria às 19h30.

Como o hotel não disponibiliza internet nos quartos, apenas no lobby, desci para postar um dos meus textos e enviar sinal de vida para o papai e alguns outros amigos, já que não tinha conseguido me conectar pela manhã lá no hotel de Paris.

Bueno... Digamos que tive sorte, porque foi só mandar o e-mail pro papai, postar alguns recados no face e escrever no blog, que a internet parou de funcionar. Mas, c’est bon, pas du problem, pois ia sair em alguns minutos para conhecer alguns pontos da cidade e poderia usar a internet no outro dia, right?

Catedral de St Paul
Paramos primeiro na Catedral de St. Paul, a segunda maior igreja do Reino Unido, perdendo apenas para a de Liverpool. Foi lá que ocorreu o funeral de Winston Churchill e o casamento do Príncipe Charles com a Princesa Diana, por exemplo.

A Catedral foi reerguida depois de um incêndio, no ano de 1666, que devastou 80% de Londres. A guia que estava conosco disse também que o que ocasionou o acidente foi o forno que um padeiro esqueceu ligado. Não sei se é verdade, tenho que pesquisar sobre isso depois, mas queria saber o que aconteceu com esse cara se o fato foi mesmo verídico. E como descobriram que a culpa foi do forno?

Em seguida, fomos a pé até a famosíssima London Bridge, que fica sobre o Rio Thames e liga a City of London com Southwark.

Mami com a Bridge Tower e o "Ovo do Prefeito"!
Vizinha à London Bridge tem a prefeitura, carinhosamente chamada de “Ovo do Prefeito” pelos britânicos. Quase bolo de rir quando fiquei sabendo disso. O prédio tem um formato que lembra um ovo, e como é a prefeitura...

Assim que batemos as fotos que nos interessava, fomos até um Pub. Para chegar lá, passamos por dois navios que foram usados durante a II Guerra Mundial e estavam ancorados no Rio Thames.

Chegando ao Pub, ficamos por mais ou menos meia hora, quando regressamos ao hotel, parando apenas para tirar uma foto no London Eye, que fica realmente lindo pela noite!

London Eye!

domingo, 4 de setembro de 2011

Férias 2011 - 4º dia: City Tour, Notre-Dame e Conciergerie


No quarto dia de viagem, dia 2 de setembro, começamos um passeio com uma excursão brasileira, então fizemos um city tour pela cidade dentro de um ônibus, com uma guia explicando a história dos principais pontos turísticos.

O bom de fazer um city tour assim é que passamos pelos locais e sabemos o motivo de eles serem tão importantes, mas não é como se você precisasse de uma guia para isso, basta comprar um livro-guia sobre a cidade que ele sempre fala resumidamente a importância de cada ponto.

Sem contar que você ainda pode descer para bater fotos e passar mais tempo ou menos no lugar, dependendo dos seus gostos, já que terá independência e liberdade para escolher seus horários, diferentemente do que ocorre numa excursão.

Bueno, o city tour durou cerca de duas horas e nossa parada final foi no Arco do Triunfo. Como eu e mamãe já tínhamos visitado essa área, resolvemos voltar pela Champs-Élysées, passar pela Praça da Concórdia, Jardins des Tuileries e Louvre e ir a pé pelo Sena até a Igreja de Notre-Dame.

Eu adoro caminhar pelo Sena, porque sempre presenciamos cenas maravilhosas. Uma das coisas que eu mais gosto nos franceses é o hábito de leitura deles, em todos os parques sempre tem pessoas lendo, até mesmo pelas pontes sempre tem alguém sentado e lendo. A quantidade enorme de sebos que encontramos no percurso entre as pontes também é algo impressionante.

O melhor de tudo não é nem encontrar os sebos, mas ver o número de pessoas paradas em frente a eles, escolhendo livros e discutindo sobre eles. Conversar com franceses é maravilhoso, são pessoas que entendem muito sobre arte e possuem uma bagagem cultural realmente invejável.

Vir à França, principalmente à Paris, faz você querer voltar à época dos grandes poetas e artistas, nem que seja apenas por alguns dias, para saber como era, como eles viviam e o que faziam.

No Quartier Latin encontra-se um café super conhecido, o Les Deux Magots, onde famosos como Hemingway e Picasso freqüentavam. Quando paro para pensar em quantas décadas e gerações esse café já viveu, quantas pessoas importantes já recebeu, fico com uma vontade enorme de voltar no tempo.

Tomando o cafezinho na Champs-Élysées!
Vir a essa capital maravilhosa faz você querer estudar mais sobre as artes, poesia, teatro, sobre os grandes artistas que passaram por aqui e como cada um contribuiu para a história do mundo.

Bom, depois de me empolgar falando sobre essa cidade que me faz perder o fôlego de tão maravilhosa que é, voltemos ao relado da viagem.

Ainda na Champs-Élysées paramos um pouco para comer e tomar café. Foi o melhor café que tomei na França, porque pedi o American Coffee, que veio num copo de 500ml!

Ok, de lá seguimos nosso rumo, fazendo o itinerário que expliquei um pouco mais acima.

Na Conciergerie, com a lista dos condenados!
Na mesma área de Notre-Dame também tem um famoso museu, que foi primeiramente um palácio e depois se tornou uma prisão, servindo de “moradia” até mesmo para Maria Antonieta, na época da Revolução Francesa. Lá ela ficou até ser levada à Praça da Concórdia, onde seria morta na guilhotina.

Nesse museu encontramos também a lista de todas as pessoas guilhotinadas durante a Revolução Francesa. É uma lista exata das 2780 pessoas condenadas à morte em Paris. Nessa lista tem de tudo, desde curandeiros até padres e nobres.

Da Conciergerie, fomos direto à Igreja de Notre-Dame, passando também pela Île de la Cité. A Igreja de Notre-Dame é realmente linda, mas gostei mais dela vista de trás.

Parte traseira de Notre-Dame.
Quando saímos de Notre-Dame, fomos pela Pont de l’Archevêché, onde tem o Mémorial des Martyrs de la Déportation. Mais adiante, escutamos um grupo de artistas tocando e cantando numa ponte. Como não passava carros nela, apenas algumas motos e bicicletas, sentamos na calçada, assim como alguns outros turistas, e ficamos escutando suas músicas.

Ficamos mais ou menos uma hora escutando a banda tocar e só fomos embora quando eles também foram, às 18h! Como não tínhamos andado muito durante o dia, resolvemos voltar a pé até o hotel, o que resultou numa caminhada de 1h30!

Chegamos mortas e com a cheias de calos nos pés, mas, como em todos os outros dias, o passeio valeu muito a pena!

sábado, 3 de setembro de 2011

Férias 2011 - 3º dia: Torre Eiffel e arredores.


Nosso terceiro dia de viagem também foi super legal e menos cansativo, apesar de também termos andado muito!

Torre Eiffel e Pont Bir-Hakeim ao fundo!
Cedinho pegamos o trem na Place Clichy e paramos no Invalides. De lá fomos a pé até a Torre Eiffel. Passamos pela Pont des Invalides, de L’Alma (que tem a estátua de um soldado francês usada para medir o nível das águas do rio Sena), pela passarela de Debilly e, enfim, chegamos à Torre.

Depois de batermos várias fotos de todos os lados da torre, andamos em direção ao Champ de Mars, um jardim lindo onde os turistas aproveitam para descansar um pouco e bater fotos da torre. Atravessando o jardim, chegamos à Escola Militar, onde também tiramos algumas fotografias e voltamos pelo mesmo jardim até chegarmos novamente à torre.

Continuamos nossa caminhada em direção à Pont de Grenelle, que possui uma estátua da liberdade em dimensões menores, virada para o oeste, para os EUA. Antes dessa ponte, entretanto, passamos também pela Pont de Bir-Hakeim, uma das minhas preferidas devido às suas colunas de sustentação.

Assim que terminamos todas as pontes que nos interessavam, voltamos pelo outro lado do Sena, pela Avenue du President Kennedy, a fim de chegarmos ao Palais de Chaillot, que tem um dos maiores museus marítimos do mundo.

Mami e Palais de Chaillot.
O Palais de Chaillot fica bem em frente à Torre Eiffel, só que do outro lado do Sena. A ponte que liga esses dois lugares incríveis é a Pont D’Iena.
Palais de Chaillot
Depois do Palais, fomos conhecer a Pont Royal, que já foi destruída por um incêndio, e a Pont des Arts, uma das primeiras pontes de ferro feitas para pedestres em Paris. Dizem também que ela é a ponte mais romântica de Paris, mas não estou muito de acordo com isso.

Pont des Arts
Findadas todas as nossas atividades do dia, resolvemos pegar o trem para Montmartre, onde tomamos um café e pegamos um sanduba, subimos rumo ao Sacré-Coeur, estendemos minha canga (que ganhei de presente de uma amiga minha lá do Brasil, a Julinha), e ficamos deitadas, aproveitando o solzinho gostoso e o tempo maravilhoso que fazia, lemos e conversamos um pouco e, então, voltamos para casa, já preparando tudo para o quarto dia de viagem!
Fim de tarde no Sacré-Coeur!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Férias 2011 - 2º dia: Louvre e Champs Élysées, Marais e Bastilha.

Nossa primeira parada do dia foi o Parc Monceau, um parque lindo, um pouco afastado do centro, o que é bom para quem quer presenciar a verdadeira vida parisiense: pessoas lendo, idosos descansando nos bancos, grupos correndo ou pedalando, crianças brincando no playground e nada de turistas.

Parc Monceau
De lá, seguimos reto pela Avenue Hoche (uma das 12 avenidas que partem do Arco do Triunfo) e chegamos ao Arco. Tiramos fotos, paramos um pouco para assistir a uma dança de rua bem no começo da Avenue des Champs Élysées e depois continuamos andando por ela, até chegar ao seu final, que termina com dois lindos palácios, o Grand e o Patit Palais.
Arco do Triunfo
A Avenida des Champs Élysées, por sinal, não é a mais larga e muito menos a maior de Paris, mas é a mais cara da Europa. Para quem gosta de moda, lá tem uma loja enorme, ENORME, da Louis Vuitton.

Petit Palais
Depois de batermos fotos nos dois palácios, seguimos entre eles, pela Avenue Winston Churchill, que nos leva à Pont Alexandre III que, por conseguinte, nos liga ao Hotel des Invalides, onde descansa o corpo de Napoleão Bonaparte.
Les Invalides!
De lá, voltamos pela mesma ponte, a Alexandre III, e fomos à Place de la Concorde, onde pessoas foram mortas na guilhotina durante a Revolução Francesa, como a rainha Maria Antonieta.

Place de la Concorde
Jardin des Tuileries e Museu do Louvre logo atrás!
Poucos metros depois nos deparamos com o Jardin des Tuileries. Com 26 hectares, ele começa na Place de la Concorde e termina no Museu do Louvre. É incrível a quantidade de pessoas que param no jardim para ler, conversar um pouco e até para fazer a pausa do trabalho e almoçar. Nunca vi tanta gente de paletó e gravata comendo em banquinhos de praça como nesse dia que fui a esse jardim!

Bem no início do Jardim des Tuileries já dá pra ver o Museu do Louvre. Eu e mamãe batemos algumas fotos em frente a ele, mas não chagamos a entrar, preferimos continuar nosso passeio e andar mais um pouco. Dessa forma, decidimos conhecer a parte leste do Rio Sena, onde fica a Bastilha e a Place de Vosges.

Pois bueno, chegamos à Bastilha, tiramos foto em frente e nos dirigimos à Place de Vosges onde, para variar, tinham várias pessoas sentadas na grama e conversando. Até um cara se bronzeando na maior pose e ouvindo música nuns fones enormes tinha!

O cara folgado se bronzeando. hehe
Depois de andar mais um pouco, chegamos ao Museus Carnavalet, que antes já foi um hotel e agora conta toda a história de Paris através de pinturas e objetos antigos. De lá fomos a dois outros museus: o de História da França e o de Arte e História do Judaísmo.

Centre Georges Pompidou
No final de tanta andança, já estávamos super cansadas, mas ainda tinham mais vários outros lugares para conhecer e, por isso, seguimos adiante! Paramos primeiro no Centre George Pompidou, que choca um pouco de início, mas depois a gente se acostuma e começa até a achar bem interessante a idéia dos dois arquitetos que planejaram a obra.

Depois pegamos o trem e fomos ao Pavillon de L’Arsenal, ao Instituto do Mundo Árabe e ao Musée des Arts et Métiers.

Já realmente super cansadas, pegamos o trem mais uma vez em direção ao nosso último ponto turístico, a Église de Saint-Eustache, que eu queria conhecer por um motivo em particular, a escultura de uma cara com uma mãe enorme.

Eis as crianças que acabaram com meu barato. Humpf!
Tava louca para bater uma foto dentro da mão da criatura, mas quando cheguei lá, aliviada depois de tanto andar e feliz porque finalmente ia tirar a foto mais esperada por mim do dia, a escultura estava dominada de crianças, umas em cima da cabeça, outras agarradas na mão e ainda tinham umas jogando bola por perto. Aff, quase morro de decepção!

De qualquer forma bati a foto da igreja e da escultura. Um dia, quem sabe, eu consiga bater essa foto que tenho desejado desde a primeira vez que li sobre a Église de Saint-Eustache, em janeiro deste ano.

Assim terminou nosso segundo dia em Paris, com 10 horas de caminhada, mais de 200 fotos batidas, muito bate-papo (aquelas conversas bem de mãe-e-filha mesmo) e uma felicidade enorme de estar passando minhas férias numa cidade que eu amo com uma pessoa que eu amo profundamente, minha mãe!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Férias 2011 - 1º dia: Montmartre


Acordei às 6h da manhã, já com tudo arrumadinho para pegar o táxi até Strasbourg e de lá pegar o trem para Paris. Eu e Alejandro pegamos o táxi juntos e demorou só uma hora para chegarmos à rodoviária.

O tempo passou super rápido, até porque conversamos um pouco com o André, taxista e cunhado do Mr. Kosher, e depois pegamos num sono e só fomos acordar na garagem da rodoviária de Strasbourg!

Eram 8h em ponto e como o nosso trem só saia às 9h17, resolvemos tomar um café e conversar um pouco até dar o horário certo para pegarmos o trem à Paris.

Graças a Deus foi tudo tranqüilo, até porque o trem era TGV, que é direto e não faz conexão em nenhuma outra cidade, sem contar que é de alta velocidade. Em duas horas e vinte chegamos em Paris e fui correndo pegar o táxi pra ir pro hotel fazer o check-in e ver a mami! Paguei super barato pelo táxi, 12 euros, fiquei tão feliz!

Quando cheguei no balcão da recepção, o recepcionista disse que não tinha nenhuma Gláucia hospedada no Ibis, hotel onde ficaremos hospedadas até o dia 4. Imagina a minha reação quando ele disse isso, né? Quase pirei! Daí dei o meu nome e sobrenome, mas ele disse que não tinha nenhuma reserva no meu nome também!

Ai, ai, ai... Tirei o meu passaporte do bolso e entreguei pra ele, pedi pra que copiasse meu nome e visse se realmente não tava o meu nome na lista dele. O coitado viu que eu já tava em tempo de começar a chorar ali. O meu maior desespero era pensar que minha mãe não tava lá, porque onde ela estaria, então?

Bueno, problema resolvido (nada como uma letra no lugar certo não resolva, afinal, meu sobrenome é CerQueira e não CerGueira), recebi minha chave e me dirigi ao elevador. Foi só virar as costas à recepção e ir apertar o botãozinho que a porta do elevador abriu e adivinha quem saiu de lá? A mamãe com a Bíblia na mão, porque ela tinha pensado em me esperar lá em baixo e ficar lendo enquanto isso.

Não consegui conter o choro! Abri meus abraços e me deixei ser abraçada. Sabe aquele abraço forte, carinhoso, familiar? Que saudade que sentia dele! Como é bom estar em família novamente! Mal posso esperar para receber esse mesmo abraço, mas do papai. Que vontade de abraçar o meu gostosão! 

Anyways, saímos do hotel às 15h para batermos perna um pouquinho. Fomos em direção à Boulevard de Clichy, que fica bem na esquina com a rua do Ibis, a Caulaincourt, para batermos uma foto em frente ao Moulin Rouge. Por sinal, acabei descobrindo um Subway na Boulevard, logo no início dela, bem aqui pertinho do hotel. Yummiii!

Em seguida fomos rumo à Rue Houdon e paramos na Place des Abbesses, que tem uma arquitetura art nouveau em praticamente todos os edifícios, até mesmo a Église St-Jean-de-Montmartre e a entrada do metrô foram projetadas nesse estilo.

Depois da foto, fomos direto ao lugar que mais nos interessava: Sacré-Coeur. Para chegar lá, passamos por ruelas lindas, fiquei me sentindo dentro daqueles filmes feitos na Europa, onde as ruazinhas, além de estreitas, são feitas de pedras arredondadas e ficam cheias de scooters, sem contar as mesinhas de bar sempre cheias de pessoas comendo, bebendo, conversando e curtindo suas vidas verdadeiramente parisienses! Ah, e não nos esqueçamos dos artistas de rua, sempre dando mais vida e alegria a esses lugares.

Bairro de Montmartre
A Sacré-Coeur foi projetada pelo arquiteto Paul Abadie em homenagem aos combatentes que morreram durante a Guerra Franco-Prussiana. Eu adoro a história dessa igreja, sua arquitetura, a vista extraordinária que ela nos proporciona de Paris e o espaço externo super tranqüilo que ela nos oferece para ler, descansar e conversar.

Na verdade, posso dizer que o Bairro de Montmartre como um todo me encanta. Todos os artistas de rua que encontro por lá sempre me fazem ficar com um sorriso de uma orelha a outra, sem contar todos os retratistas e caricaturistas que sempre fazem excelentes desenhos nossos. Fora isso, o fato de Montmartre ser um bairro de escritores, pintores e poetas faz com que ele transborde arte para todos os lados.

Basilique du Sacré-Coeur

Mamãe se acabando de rir da pobre criança
Para fechar o dia com chave de ouro, quando fui bater uma foto da mamãe em uma das várias escadarias da igreja, uma menininha que estava logo atrás dela levou uma queda hilariante, mas o que deixou o momento ainda mais engraçado foi a risada maquiavélica da mamãe. Ela fez com que o Coringa parecesse o ser mais inofensivo da face da terra.

Chegamos no hotel umas 16h, tomamos um banho e umas 19h30 saímos novamente para passear pelo bairro. Retornamos ao hotel, tomamos um expresso delicioso no lobby enquanto conversávamos e umas duas horas depois viemos ao quarto, onde continuamos a tricotar até bater o sono e irmos dormir!
Fim de tarde batendo perna pelo Bairro. Já eram
mais de 20h e ainda estava bem clarinho!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Texto escrito no domingo, dia 26 de junho.

***


Nossa teoria é de que o número do telefone lá de casa era o de um cabaré antigamente, já que só ligavam pedindo pra falar com mulheres. Bom, fechando o parêntesis e voltando ao assunto, hoje me programei pra ligar pros papis, mas não vai dar. Eu sempre troco os dias da semana aqui na França, porque já que minha folga é na terça e na quarta, o sábado e o domingo pra mim são como se fosse semana e não fim de semana.

Bueno, a semana tem sido maravilhosa. O que os sapatos não são capazes de fazer, hein? Eles mudam a vida de uma pessoa! Sim, eu sei que sou dramática e exagerada, mas, dessa vez, estou contando os fatos sem nenhum tipo de excesso, super imparcial. As botas realmente salvaram meu trabalho, porque agora não sinto dor nenhuma nos pés e finalmente consigo andar mais rápido!

Nossa, só em conseguir trabalhar até 1h, 2h da manhã sem sentir dor nos pés, já é uma alegria enorme para mim! Como Deus foi bondoso comigo ao me lembrar dessa bota! Obrigada, Senhor, muito obrigada!

Bom, essas últimas semanas tem sido puxadas, até porque estamos no verão, então o número de couverts aumenta, mas, graças a Deus, tudo tem ido bem no trabalho. Na quinta-feira, na mesa 4, havia duas senhoras, mãe e filha, almoçando. A senhora andava com a ajuda de uma bengala e ela precisou ir ao banheiro. O Patrick me colocou para ir com ela e eu amei! Dei minha mão para ela e conduzi-a até o banheiro, lá, esperei que ela terminasse o que tinha para fazer e acompanhei-a novamente à sua mesa.

Durante o caminho, fomos conversando e ela me disse que já tinha vindo ao restaurante outras vezes, mas que hoje (na quinta-feira), tinha sido uma surpresa que a filha dela fez pelo seu aniversário de 80 anos. Quando ela disse “80 anos”, eu quase não acreditei, porque ela é realmente muito conservada para a idade.

Ela comentou sobre a decoração do restaurante também, disse que tinha mudado e ficou dizendo como era antes. Me deu um fôlego extra pra semana poder passar esses poucos minutos com essa senhora. O jeitinho amoroso dela e o sorriso me fizeram super bem. Quando levei-a de volta, até a mesa, tanto ela quanto a filha agradeceram.

Pode parecer meio insignificante, mas isso foi importante pra mim.

Nessa semana temos feito vários banquetes, praticamente quase todo turno de trabalho tem um. Amanhã de manhã teremos outro. Hoje, por sinal, trabalhei direto, fiquei das 11h até 21h50. Quase 11h horas de trabalho!

Amanhã começo às 9h e faço mise en place com a Christelle. Falando nisso, essa semana tenho matado um bocado de bichinho com o aspirador. Já aspirei uma aranha no salão, uma formiga grande e hoje aspirei duas abelhas na sala onde ficam as mesas 20A, 21, 22, 23 e 23A. Tô virando uma verdadeira animal killer.

Bueno, amanhã já termina a semana e na terça-feira já partiremos, eu e Luci, para Lyon. Estou bem empolgada para conhecer o Instituto Paul Bocuse e as pessoas de lá. Seria bom se tivéssemos a chance de conversar com alguns estudantes, assim poderíamos ter uma idéia melhor sobre a vida estudantil.

Não sei se já comentei, mas o pessoal que trabalha no Instituto foi super gentil conosco: além de irem nos pegar na rodoviária, também nos darão hospedagem de graça no Hotel Escola do Instituto.

No mais, é isso. Bom domingo a todos e um excelente início de semana!