O tempo foi passando e eu acabei abandonando o blog... Voltei pra minha terrinha dia 02 de janeiro e já curti muito minha família.
Tudo o que fica agora são boas lembranças de um tempo que não volta mais. Graças a Deus Ele foi muito bondoso comigo e me ajudou a terminar esses dez meses que nem sempre foram fáceis!
Mostrando postagens com marcador França. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador França. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 12 de março de 2012
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Indo pra Stras e relato da semana: embromation no alemão!
Mais uma semaninha se passou e amanhã já é quarta, o segundo dia do nosso findi! Hoje fomos para a Alemanha tomar banho de piscina e passamos a tarde toda lá! Foi um momento maravilhoso, conversamos muito, rimos bastante e até falamos sobre os nossos planos futuros.
Falando em planos, já estou preparando o meu currículo para começar a enviar a alguns hotéis brasileiros no final de novembro. Vamos ver no que vai dar, né? Ainda tenho algumas dúvidas sobre qual vaga pedir e se devo realmente trabalhar ou fazer estágio novamente.
Tipo... Se for para trabalhar na área de governança, por exemplo, tudo bem, mas se for seguir com meus planos de antes, que era administração ou eventos, como eu vou pedir emprego se nem sequer tenho experiência nessa área? Então, se for pedir uma vaga para algum desses dois setores, talvez seja melhor pegar um estágio primeiro, assim ganho experiência.
Vou ver qual a opinião do papi e do Natan sobre isso (e da mamãe também, claro!).
Bueno, amanhã vou – para não variar – a Strasbourg. As pessoas sempre me perguntam o que Porto Alegre tem de tão interessante para que eu a ame tanto. Acredito que Strasbourg é a minha Porto Alegre francesa, o meu refúgio durante os finais de semana, como PoA era para mim quando morava em Canela.
Assim como em Paris, eu me encontro em Strasbourg. É como se ela fosse minha casa, como se já tivesse morado lá, porque me sinto dona do mundo todas as vezes que pego o trem para essa cidade que conheço de cima para baixo!
Anyways... Vou ver se encontro um colchãozinho para fazer abdominal e quero comprar também um dicionário francês-alemão. Eu preciso saber algumas palavras em alemão, porque na segunda-feira passada chegaram dois clientes alemães no hotel e o Salim estava no telefone, daí ele me disse para atendê-los, mas o problema é que EU NÃO FALO ALEMÃO!
Quando ele me falou isso, arregalei os olhos assustada, me tremi toda e peguei a chave do quarto. Meio sem jeito perguntei se eles falavam francês, mas não falavam... Ai, ai, ai... Imagina a cena, né? Eu precisando dar as explicações do hotel para eles, mas sem conseguir, porque não falávamos a mesma língua.
Pelo menos foi divertido: eu disse o código do hotel em alemão, porque aprendi a falar os números quando estava no restaurante, já que o chef vivia dizendo o número de mesas e pratos em francês e alemão. Daí falei em alemão “café da manhã, preencher folha”. Haha No final foi até divertido e me senti segura depois, pode?
E agora estou inclusive motivada para pegar algumas outras palavras essenciais da hotelaria em alemão. Vamos ver no que vai dar!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Bolo de banana!
Vim aqui dar um sinal de vida e falar sobre a semana que passou e a que começou ontem.
A semana passada, graças a Deus, foi maravilhosa! Sinto que estou melhorando no trabalho, ficando mais ágil e atenta. Claro que o meu jeito desengonçado na cozinha continua, né... Derrubo colher no chão, me bato nos móveis, tropeço nos pés das cadeiras... Mas isso é normal, é o chamado furacão Sara.
É incrível como sempre tenho alguma marca roxa em mim. Agora mesmo tenho duas no braço direito e uma na coxa esquerda.
Nesse final de semana decidi fazer, pela milésima vez, o bolo de banana vegano para levar pro hotel. Sei que não levo jeito pra cozinhar e tinha dito que estava já aposentada da carreira frustrada de cozinheira, mas pensei em refazer o bolo, então, refiz.
Por sinal, agora eu me toquei do motivo para o bolo passado não ter dado certo: esqueci de colocar a quantidade certa de farinha, porque tinha que colocar uma parte de farinha integral e outra de farinha branca, mas esqueci de colocar a farinha branca, daí o bolo ficou todo aguado, claro. Hehe
Anyways, dessa vez deu certo! Eu fiquei tão feliz com minha primeira obra-prima, o meu bebê, o primeiro de muitos outros bolos!
Terminei de cozinhar mais ou menos 18h45, quase na hora de sairmos para jantar na Christinne, nossa amiga cabeleireira daqui de Baerenthal. Fomos eu, Jan, Yoshiko, Alejandro, Giovana, Julien e Canê (é assim que a gente fala o nome dele, mas não sei como se escreve, porque é japonês).
Fizemos um fondue de queijo, comemos uma torta de limão feita por mim (cof cof =P) e depois jogamos baralho. Quer dizer, eles jogaram, né... Porque eu caí no sono!
Chegamos em casa mais de uma da manhã e fui para o “round 2” do meu sono. Quando acordei, me arrumei logo pro trabalho, fiz meu devocional e esperei dar o horário para ir ao hotel.
Assim que cheguei no trabalho, entrei na lavanderia e as meninas estavam lá. Comecei a contar toda alegre que tinha feito um bolo, expliquei pra elas que não tinha leite nem ovos, então a Fabi poderia comer.
Bom... Digamos que eu estava enganada. Quando falei que o bolo era de banana, a Magali começou a rir, aí a Fabi disse: “Sara, de todas as frutas, eu sou alérgica à banana!”. Bah, nessa hora não me agüentei, comecei a rir e quando menos esperei, estávamos nós três na maior gargalhada por causa disso.
Mas eu não dou sorte mesmo, né? Hehehe Faço um bolo todo anti-alérgico, sem nada derivado de animal, aí escolho logo a fruta que a Fabi é alérgica! Aff! Bom, o importante foi que quem provou, gostou! Ainda deixei um pedaço pra madame ontem de noite, quando estava voltando do trabalho!
Eu não canso de agradecer a Deus por todas as bênçãos que Ele tem colocado na minha vida. Só de pensar em como eu estava depois das férias e ver como estou hoje, percebo o quanto Deus cuida de mim e me protege.
O mínimo que posso fazer por Ele é honrá-lo e glorificá-lo pelo maravilhoso amigo e Pai que Ele é para mim!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Semana maravilhosa!
É incrível o cuidado de Deus para com seus filhos! A semana passada foi simplesmente maravilhosa e eu não tenho mais palavras para agradecer a Deus durante minhas orações pela grande ajuda e força que Ele me deu.
Consegui fazer todo o meu trabalho direitinho e agora me sinto mais segura. Tudo o que peço a Deus é para que as semanas que estão por vir sejam tão boas ou até melhores do que a que passou.
Quero conseguir fazer um excelente trabalho no hotel e terminar bem o meu estágio aqui na França. Vou me esforçar para ser cada vez mais ágil e sempre atenta às atividades. Que Deus continue me ajudando!
Quanto a esse fim de semana, fiquei aqui em Baerenthal mesmo. Na terça fui fazer as compras com as meninas e fomos também nós três, o Julien e o Alejandro até Sarreguemines para pegar nossa carta de Long Séjour, que é o nosso visto para passar 10 meses aqui, pois ele finalmente ficou pronto!
Ontem fui no salão com a Gio. Eu cortei meu cabelo e ela pintou, ficou loiríssima! De noite tentei fazer um bolo de banana vegano para levar pro hotel agora pela manhã, já que a Fabi não pode comer nada derivado de animais, mas ele não funcionou muito e agora vou me aposentar de vez da carreira de cozinheira. Essa profissão realmente não é pra mim.
Acho que não coloquei tanta farinha quanto dizia na receita. Fui querer dar uma de entendida e estraguei tudo... hehe C’esl la vie.
Acabei de fazer meu devocional e daqui a meia hora começa o trabalho. Que Deus continue me abençoando, me dando força e segurança. Como é bom sentir o cuidado dEle comigo!
“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não para os homens” Colossenses 3:23
Li esse versículo hoje, durante o devocional, e lembrei muito do meu trabalho no hotel. Sei que devo pensar e agir dessa forma.
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Primeira semana depois das férias.
A semana, para não variar muito, foi difícil pra mim. Cheguei a um ponto tal que me pergunto se nasci pra esse trabalho e o que eu vim fazer aqui, já que não faço nada direito. O que ameniza meu sofrimento é saber que, de uma forma ou de outra, trabalhar na área de governança do hotel nunca foi o que me interessou realmente, então não tem problema se eu não consigo limpar um banheiro direito ou aspirar de forma rápida.
O que eu sempre quis no hotel foram os setores de administração e eventos e é nisso que eu devo ser boa. Infelizmente não faço estágio em nenhuma dessas duas áreas.
Bom, mas de qualquer forma, não é porque esse setor não me interessa que não vou fazer um bom trabalho, entende? E eu me esforço pra fazer direito, mas parece que nunca dá certo! Sempre tem algum erro...
E isso acaba aumentando a saudade que sinto da minha família, porque sei que minha tristeza é mais por não estar fazendo um trabalho tão bom quanto gostaria do que realmente sentindo falta de casa.
Daí isso me faz lembrar as férias que tive com a mamãe, do tempo maravilhoso que passamos juntas, das vezes que nós começávamos a rir e não conseguíamos mais parar, de quando eu me estressava porque não me encontrava no mapa e acabava estressando a mamãe também, de quando passávamos o dia andando e depois comíamos um subway no quarto...
Nesses momentos em que eu fico frustrada comigo mesma, sinto uma vontade enorme de sair correndo, pegar o primeiro avião que tiver e voltar pro Brasil, abraçar o papai de novo, me sentir novamente segura e confiante.
Mas sei que essa é uma fase pela qual eu devo passar, sei que vou crescer com o que tenho vivido aqui, vou ganhar mais confiança e segurança em mim e serei mais forte para enfrentar meus problemas.
O que ainda me mantém firme é saber que não estou só, que Deus está comigo em toda circunstância. Às vezes choro enquanto oro e peço ajuda a Ele. Sei que tudo tem seu tempo e eu preciso ter paciência, meu trabalho vai melhorar, mas por que esse tempo é tão longo? Eu queria tanto conseguir fazer melhor já nessa semana que começa amanhã...
Eu só queria que Deus voltasse seu olhar pra mim e visse a minha angústia e a ânsia que tenho por fazer um trabalho bem feito. Eu não preciso nem que me digam que o trabalho está bom, só quero que as meninas não precisem me dizer o que fiz de errado. C’est tout!
Ai, Senhor, dai-me forças, porque em alguns momentos eu penso que já não consigo mais e agora sei que não sou tão forte quanto pensava, pelo contrário, sou fraca e, mais do que nunca, preciso da Tua ajuda.
Marcadores:
Baerenthal,
Estágio,
França,
Hotel,
Saudade
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Férias 2011 - 15º dia: roubadas, mas com um fim de tarde maravilhoso!
No nosso último dia passeando por Paris, dia 13 de setembro, terça-feira passada, fomos roubadas.
A culpa foi minha, dei bobeira mesmo. Quando eu e mamãe saíamos de uma loja de calçados, para não perder tempo, saí de lá enquanto guardava o dinheiro na carteira, no lugar de guardar tudo ainda na loja.
Saí toda feliz com meu calçado novo e fui guardar o dinheiro na bolsa da mamãe, já que havíamos parado, porque o sinal para pedestres estava vermelho. Estávamos na boulevard Sain-Michel, que é super movimentada e cheia de turistas.
Um grupo de africanos parou atrás de nós duas e pegaram a carteira que estava na bolsa da mamãe. Já tinham me falado que lá é uma área em que os turistas são frequentemente roubados, mas sabe aquela história, quando pensamos que nunca algo assim vai acontecer conosco? Pois é, no meu mundinho cor de rosa, nunca me passou pela cabeça que seríamos roubadas.
Na minha carteira tinha 600 euros, 300 dólares, meus dois cartões de crédito e meu CPF. Poxa, e acabei de lembrar também que minha carteirinha de estudante internacional e a de alberguista estavam lá também. Que saco!
Graças a Deus que meu passaporte e minha passagem para voltar pro trabalho estavam no hotel. Se tivesse perdido esses dois documentos, estava frita, porque na França o único documento que importa realmente é o passaporte.
O que nos deixou triste foi pensar que deixamos de comprar algumas coisas durante a viagem para economizar e comprar presentes e algumas roupas no último dia de viagem, mas, infelizmente, não pudemos fazer isso.
Quando vinha à Paris me encontrar com mamãe, ainda no dia 30, dividi meu dinheiro e coloquei um pouco na minha mochila e foi isso o que nos salvou durante o restante do dia, caso contrário, não teríamos dinheiro nem para pagar nossos táxis e transfer para a rodoviária e aeroporto.
Sobrou até um dinheirinho pra comermos Subway no jantar, como despedida das férias. Havia planejado isso desde o início da viagem! Olha, se eu não tivesse conseguido comer nem mesmo o meu subway por conta do roubo, ia atrás desses malandros até encontrá-los! Ninguém me priva de comer Subway e sai impune disso!
Ah, fomos à delegacia fazer um boletim de ocorrência e também ligamos pro papi pra que ele cancelasse meu cartão. Graças a Deus deu tudo certinho! O que me impressionou foi a quantidade de pessoas roubadas na mesma boulevard, nesse mesmo horário. A maioria turista e mulher.
Às 17h40 todas as documentações estavam preenchidas e às 18h saímos para andar um pouco para espairecer a mente e aproveitar o restante do dia nessa capital linda, que continuo amando e que a cada dia me fascina mais e mais!
Sabe por que digo isso? Porque para compensar o roubo, Deus nos presenteou com uma caminhada maravilhosa, com um céu que só começou a escurecer depois das 20h. Andamos do Jardim de Luxemburgo até a Igreja de Notre Dame, de lá, seguimos reto pelo Sena e pegamos a Champs-Élysées e fomos até o Arco do Triunfo. Do Arco, seguimos pelo mesmo caminho e voltamos para casa.
Todo esse percurso fizemos a pé e durou três horas! Durante o passeio, pra deixar a tarde ainda mais perfeita, nos deparamos com três artistas de rua que dançavam hip hop na Champs-Élysées. Paramos por uns 15 minutos para assisti-los e isso me deixou radiante! Ai, que saudade vou sentir desses artistas!
Voltando para casa, mais dois presentes. Passávamos pela Praça da Concórdia e, enquanto o sinal estava fechado, olhei para trás e pudemos ver o pôr do sol, que estava lindo! Fiquei triste por não ter levado minha máquina (ainda estava um pouco traumatizada com o roubo) e senti certa “inveja” dos turistas que não paravam de fotografar aquele céu maravilhoso!
O segundo presente: já quase escurecendo mesmo, atravessávamos a Pont Royal e havia uma imensidão de turistas parados, principalmente casais, esperando para a iluminação dos pontos turísticos da cidade, como a Torre, a Igreja de Notre Dame, Conciergerie, Palais de Chaillot, Ópera Garnier, dentre outros.
Tinham uns italianos com a máquina já no tripé, ligada e virada em direção à Torre Eiffel e uns casais apaixonados que deixavam Paris ainda mais romântica. Como foi bom poder voltar ao hotel presenciando tudo isso que ainda não havíamos visto durante todos esses dias!
![]() |
As princesas! |
Para fechar com chave de ouro, ainda compramos um porta-retrato de Paris, como presente para o Papai, que adora revelar fotos nossas e enfeitar a sala com elas. O vendedor, super simpático, ensaiou algumas palavras em português e ainda conversou um pouco conosco.
Terminamos o dia felizes, porém ainda um pouco desacreditadas no que havia ocorrido pela tarde. Assistimos a um programa francês bem no estilo do Raul Gil e American Idol, mas em vez de cantar, as pessoas dançavam. Assistíamos enquanto comíamos nossos subways.
PS: Ainda bem que só fui roubada depois que fui na loja da Disney e comprei as princesas em miniatura pra mim, porque também teria ficado furiosa se não as tivesse comprado! Principalmente agora, que além de ter Bela, Branca de Neve, Bela Adormecida, Ariel, Cinderela e Jasmim, também tenho a Pocahontas e a Mulan!
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Despedida. =//
Acabei de pegar o trem para Strasbourg. Até hoje fico impressionada com a pontualidade dos metrôs europeus! Bom, pelo menos nos que eu já estive, porque até agora não sofri tanto com atrasos.
Agora são 14h33 e escrevo do trem. Parei um pouco só pra ajudar um senhor a limpar a sujeira que ele acabou de fazer aqui dentro. Tadinho, ele trouxe comida pra comer na viagem e quando abriu o potinho de plástico com aqueles tomates bem redondinhos e pequeninhos, que vinha junto com umas bolinhas de queijo de búfala, o trem virou e o pote caiu no chão com tudo.
Ainda bem que ele não tinha aberto a garrafa de coca light ainda, se não teria derramado também, tendo em vista que ela caiu no chão. A sorte é que o potinho de plástico era só o aperitivo, porque depois ele tirou um baita sanduíche da bolsa. Sabe aquelas baguetes típicas francesas, com queijo de cabra, tomate e alface? Pois é, é isso mesmo o que ele está comendo agora enquanto escrevo.
Eu não estou sentada no lugar em que deveria, porque tem muita gente aqui no vagão, mas uma área dele, mais reservada, ficou vaga, então vim pra cá com minhas malas, porque não tinha mais espaço para elas no porta-malas.
Parece que todo mundo entendeu minha tática, porque fiquei em pé até o trem fechar as portas, assim poderia sentar numa cadeira que não tinha vaga. Foi só eu fazer isso que surgiram mais 5 pessoas. Ainda bem que aqui tem cadeira até dizer chega.
Como fiquei em pé e estava em frente à porta por onde os passageiros entravam, acabei “conhecendo” uma senhora, que estava com duas malas e não conseguia levantá-las, então fui ajudá-la e, por isso, acabei conversando com ela um pouco, o que me ajudou a esquecer por alguns instantes que a mamãe já não estava mais aqui comigo. Isso me fez bem.
O senhor acabou de levantar pra ir tomar café e pediu pra que eu vigiasse as coisas dele. Acho que a coca de 600 ml e o baguete não devem ter sido suficientes... hehe Ele é tão lindo! Bem gordinho, cabelo super branco e já é um senhor de idade mesmo.
Ontem fiquei acordada até tarde, porque não conseguia dormir, mas coloquei o despertador pra tocar mais tarde, às 9h. Só que não adiantou muito, porque às 7h já estava de pé. É difícil dormir quando estamos ansiosos ou um pouco tristes, como é o meu caso, pois sabia que teria que me despedir da mamãe hoje na hora do almoço.
Terminamos de arrumar todas as nossas malas hoje de manhã e entre esse tempo, descemos para tomar o café da manhã. Até lá tentei não ficar pensando na despedida, mas quando comecei a comer, não consegui segurar o choro, porque sabia que era nosso último café-da-manhã juntas esse ano.
Não quero parecer dramática, mas a gente começa a morar longe de casa tão cedo e passa tanto tempo sem ver nossos pais, que mesmo depois de já estarmos acostumados a ter nossa vidinha, quando os vemos novamente, mesmo que por alguns dias, nos lembramos do quanto é bom abraço de mãe, cuidado de pai e de quão especial é poder compartilhar momentos tão maravilhosos com pessoas que nós amamos verdadeiramente.
Bom, do café da manhã subimos novamente e continuamos a batalha com as malas. Tudo terminado, nos restou alguns minutos antes de fazermos o check-out, então aproveitamos para conversar e fizemos uma lista das coisas que devo preparar quando chegar ao restaurante, que inclui trabalho, família, alimentação... Mamãe me ajudou a listar todas essas atividades e isso vai me dar uma força extra pra conseguir cumprir todas as minhas metas.
Faltando pouco menos de 10 minutos para descer, nos sentamos na cama e oramos juntas. Que bom é poder orar com minha mãe e falarmos juntas com nosso Deus! Eu admiro muito a minha mãe pela mulher que ela se tornou e sei que isso foi conseqüência da sua busca incessante por seguir a Cristo e imitá-lo. Sei que devo fazer a mesma coisa, assim como Paulo fez e nos aconselhou a fazer, ao dizer que era um imitador de Cristo.
O check-out era às 12h, então descemos, entregamos a chave e ficamos esperando o transfer da mamãe chegar ao hotel. Nós fomos com motoristas diferentes, porque esse cobrava mais barato que os outros para ir ao aeroporto, já que ele levava outras pessoas para lá também.
Assim que ele chegou, expliquei que ela deveria ser deixada no Terminal 1, onde tem a TAM, e de frente para o portão 24. Disse logo também que ela não falava nada de inglês e nem francês, dessa forma ele teria um cuidado maior com ela.
E foi assim que nos despedimos, atrás do carro, depois que colocamos as malas dela na van. Como queria poder abraçar a mamãe de novo! Ela está no aeroporto agora, enquanto eu estou aqui no trem, já com saudades e querendo pegar o avião para voltar ao Brasil e rever também o papai!
Mas tudo bem, três meses passam rápido, não? E é só mais esse tempo que tenho aqui. Sei que vai dar tudo certo, que essa saudade está mais forte hoje, já que acabamos de nos despedir, mas amanhã já estarei melhor.
Sei que Deus vai me ajudar nessa última etapa e vou conseguir fazer um trabalho melhor no hotel, porque sei que não tenho dado o melhor de mim, apesar de estar me esforçando.
O meu maior medo era o tempo não passar rápido na Gare de L’Est, em Paris, onde pegaria o trem para Strasbourg, porque não estava com muita vontade de ler e tampouco usar o note. Como estava chorando, coloquei meus óculos escuros, assim ninguém via. Ainda bem que fui esperta e não coloquei maquiagem!
Deus, na sua infinita bondade, como de costume, me fez sentar em um banco que não tinha ninguém no momento, mas que minutos depois foi preenchido por um casal britânico super amável que começou a me fazer perguntas sobre o metrô e como tudo funcionava lá: validação de tíquetes, vagões, portões... Isso também me ajudou a ficar mais tranqüila e a não pensar tanto na despedida.
E no trem, Deus colocou esse senhor super fofo que derrubou os tomates no chão. Ele está sentado de frente pra mim (pena que ainda não voltou do café). Só em ter recebido o sorriso dele quando juntei os tomates e quando ele me pediu para vigiar as coisas dele, meu dia já melhorou em progressão geométrica também!
Olha só, né... Primeiro o casal britânico, depois a senhora com as malas e agora esse senhor com os tomates e o café. E todos eram senhores de idade, do jeito que eu adoro! Como Deus é maravilhoso comigo! Até pessoas desconhecidas são postas no meu caminho para melhorar o dia.
Bah, foi só falar nele (no senhor do trem) que ele chegou com um café “à emporter”. O cheiro tá maravilhoso, mas nem o cheiro da bebida me abre o apetite no momento, como geralmente ocorre.
Bom... São 15h13 agora. O trem só chega às 16h40 ou 16h50 em Strasbourg, não lembro exatamente o horário. Vou ver se coloco uma música e leio um pouco o livro que comprei sobre Da Vinci na casa dele.
Férias 2011 - 11º dia: Casa de Da Vinci e Castelos de Chenonceau e Chambord
Fizemos outro passeio com a mesma empresa que nos levou a Giverny, mas dessa vez fomos conhecer o Vale do Loire.
![]() |
Os brasileiros! |
Nosso guia era um mineiro, Magela. Faz 20 anos que ele mora em Paris. No passeio à Giverny dividimos a van com mais seis casais, um da Austrália, outro do Canadá (Alberta) e outro dos EUA (Nova York). Eles foram maravilhosos e conversei bastante com eles. É tão bom encontrarmos pessoas que gostam de conversar, mas na medida certa, claro. Porque sempre tem aquele povo que quando começa, não para mais. Isso me deixa louca! Mas eles, não. Eles conversavam bastante, mas não o tempo todo, o que casou perfeitamente com meu jeito.
Bom, voltando ao Vale do Loire. Na van tínhamos eu e mamãe e mais quatro brasileiros: dois do RJ e um casal de SP. Nossa, a viagem foi super divertida! Rimos bastante, escutamos piadas do Magela, aprendemos sobre os locais que estávamos conhecendo e ainda tivemos um almoço onde aproveitamos para conhecer mais uns aos outros.
![]() |
Casa de Da Vinci |
Nossa primeira parada foi na casa de Leonardo da Vinci. Eu não sabia que ele tinha passado seus últimos dias aqui na França, mas sim, ele morou aqui! Leonardo recebeu um convite do rei Francisco I para morar na França e ganhou uma casa enorme para isso, com um jardim gigantesco só para ele. Dessa forma, Da Vinci teria calma e tranqüilidade para continuar seus estudos, trabalhos e leitura tanto na arquitetura quanto na ciência, engenharia, filosofia, arte e poesia.
Fiquei impressionada com a capacidade desse homem, com a inteligência que ele tinha. Adorei ler mais sobre ele e ver sua facilidade em várias áreas que se distinguem tanto uma da outra. Eu, que não sabia muito sobre a vida de Da Vinci, só imaginava a Monalisa quando falavam sobre ele, mas agora sei que esse grande artista é muito mais do que apenas o retrato da Joconde.
Da Vinci criou vários tipos de canhões e metralhadoras, arquitetou pontes de vários estilos e também metralhadoras, criou catapultas e asa delta. Todos esses inventos e muitos outros podem ser vistos na casa dele, onde há uma exposição mostrando em miniatura tudo o que ele já inventou. Televisões pela casa também explicam seus inventos de forma descontraída e fácil até para quem não fala o francês.
![]() |
Com algumas das várias criações de Da Vinci |
Da casa de Da Vinci, fomos visitar dois castelos, o primeiro foi Chenonceau, mais conhecido por Castelo das Sete Damas, pois sua história está ligada a sete mulheres, dentre elas, duas rainhas da França.
![]() |
Castelo de Chenonceau |
Depois de ter passado por alguns donos, esse castelo chegou às mãos de Henrique II, que o deu à sua amante, Diane de Poitiers.
Todos os seis brasileiros almoçaram no restaurante do Castelo e depois seguimos rumo ao Castelo de Chambord. Esse castelo, que tem uma arquitetura no estilo renascentista francês, antes era usado apenas como pavilhão de caça para o rei Francisco I. Entretanto, ele foi poucas vezes ao castelo (pode-se contar nos dedos as semanas que ele passou lá durante toda a sua vida) e, por isso, ele ficou abandonado e quase arruinado.
O que “salvou” o Castelo foi o fato de Luís XIII dá-lo de presente ao seu irmão, o Duque de Órleães, que o restaurou e mobiliou todos os aposentos.
Durante a II Guerra Mundial o castelo também serviu de abrigo para várias pinturas que antes eram expostas nos museus do Louvre e de Compiègne.
![]() |
Castelo de Chambord. Maravilhoso! |
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Férias 2011 - 10º dia: Quartier Latin, Saint Germain e Giverny
![]() |
Jardin du Luxembourg |
Os dias tem passado super rápidos e em dois dias minha mãe já pega o avião e volta ao Brasil, enquanto eu pego o trem para Strasbourg e depois para Niederbronn e volto à minha rotina de trabalho.
Como na primeira semana de férias conhecemos bem os bairros de Paris, quando voltamos de Londres aproveitamos para viajar a outros locais próximos da capital, como o Vale do Loire, Giverny e a região de Champagne, assim como Fontainebleau, que é nosso destino de hoje.
No mesmo dia que chegamos de Londres, dia 7 de setembro, aproveitamos para visitar os últimos pontos de Paris que ainda não havíamos visto, já que eles ficavam próximos ao hotel onde estamos agora.
Passamos pelo Jardin de Luxembourg, atual Senado Francês; vimos o Museu Nacional de Cluny, as Igrejas de Saint Sulpice, Saint Germain de Prés e Saint Séverin; e também passamos em frente à Sorbonne, Universidade de Paris, onde estudou João Calvino.
![]() |
Église Saint-Sulpice |
Já no dia 8 também andamos um pouco pelo quarteirão, mas tínhamos horário para voltar ao hotel, pois iríamos visitar a casa de Monet, em Giverny, com uma agência de viagens. Às 13h30 eles ficaram de passar no nosso hotel para nos pegar, então deu tempo de andar por umas horinhas e terminarmos de ver tudo o que queríamos no nosso bairro: Panthéon, Arènes de Lutèce e a Église Saint Étienne-du-Mont.
![]() |
Arènes de Lutèce |
A Casa de Monet é incrível, principalmente para quem ama jardinagem e paisagismo, porque ele tem dois jardins magníficos na sua casa, feitos por ele mesmo. Um é o famoso jardim japonês, que ele usou como inspiração para muitas de suas pinturas.
![]() |
Jardim Japonês de Monet |
Monet foi um dos que iniciaram o movimento impressionista na França e um dos poucos artistas que ainda conseguiu alguma fama antes de morrer, já que a grande maioria morre miserável, e só ganha fama depois que já estão em estado de putrefação.
Depois de visitarmos a casa de Monet, fomos conhecer também o museu dos Impressionistas, que fica na mesma rua, a Rua Monet. Nunca pensei que veria tantos quadros de Renoir em uma mesma sala como vi nesse museu!
Ao sairmos de lá, fomos a um quiosquezinho, também na mesma rua, que vende sorvetes caseiros super gostosos. Eu, que nunca fiz muita questão de sorvete, simplesmente amei! Dava pra sentir bem o gosto da fruta e no sorvete de morango a gente chegava até mesmo a morder algumas partes do morango!
![]() |
Yummiii! |
Nossa viagem foi simplesmente maravilhosa! Para finalizar o dia, nosso guia, o Manuel, nos levou para conhecer algumas vilas da Normandia (isso mesmo, passamos pela Normandia!) e vimos casas que no passado pertenciam a trogloditas, homens da caverna. Até hoje essas casas mantem o formato de caverna. Quando as portas estão abertas, podemos ver que por dentro o formato é circular.
![]() |
Casa nas cavernas. |
O mais interessante disso tudo, entretanto, é que a gente vê a parede de pedra mesmo, as portas adaptadas às cavernas e como o ser humano ainda consegue viver de forma rústica, porém bem aconchegante.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Férias 2011 - 5º dia: Palácio de Versalhes, Bairro Judeu e Cadeado da Ligynha!
Não tinha me esquecido de escrever sobre o nosso quinto dia em Paris, mas como estava um pouco atrasada com meus relatos e tinha medo de esquecer algumas coisas, acabei escrevendo logo os textos de cada dia e deixei o de Versalhes para escrever no trem indo de Londres à Paris.
Bom, então é isso, estou escrevendo do trem. Pela primeira vez eu e mamãe vamos viajar pelo tão falado Eurotúnel e atravessaremos o Canal da Mancha no Eurostar.
![]() |
Jardim do Palácio de Versalhes (uma parte dele!!) |
Quanto à Versalhes, fiquei encantada com aquele palácio. Ele é gigantesco, super luxuoso e tem um jardim incrível, além de enorme! Ali é ótimo para pedalar, andar a cavalo, correr e até mesmo velejar! Nossa, que fascínio aquele lugar!
Só fico imaginando naquela época, aqueles reis vivendo com todo aquele luxo, enquanto a população morria de fome e vivia na miséria.
O quarto que mais gostei foi o da Maria Antonieta. Sinceramente, nem a sala dos espelhos me deixou tão apaixonada quanto esse quarto, que é tão feminino e delicado, com as paredes revestidas com pinturas de flores e os sofás e cama feitos com tecido também florido.
Para algumas pessoas isso pode até ser meio brega, mas eu realmente amei, amei, amei!
![]() |
Quarto de Maria Antonieta |
Nossa última parada no Palácio de Versalhes foi a sala por onde os revolucionários entraram durante a Revolução Francesa e capturaram Maria Antonieta e o Rei Luis XVI. No palácio quase não encontramos mobília, porque foram praticamente todas levadas pelos revolucionários, que venderam para outras partes da Europa ou pegaram para si.
![]() |
Porta por onde entraram os revolucionários |
O que também me chamou muita atenção no palácio foram as pinturas feitas no teto. É incrível o talento que os artistas da época tinham, não é como hoje que qualquer um faz um desenho qualquer e é considerado pintor. Os caras eram realmente bons!
A visita ao palácio com áudio-guia torna o passeio ainda melhor. Eu, que nunca gostei de história, sai de lá sabendo muito mais coisa do que quando estava no colégio!
De Versalhes voltamos ao hotel, onde pegamos nossos tíquetes de trem e fomos ao Arco do Triunfo. Só que decidimos fazer o percurso a pé, então saímos da nossa região, Montmartre, e fomos a pé até o Arco, passando também pelo Parc Monceau novamente.
Do Arco, pegamos a Champs-Élysées e seguimos tudo reto, passando pela Praça da Concórdia e Jardin des Tuileries, onde comprei duas camisas de Paris para mim, porque estava morrendo de calor e usava uma blusa de manga longa no momento, a mesma que usei no Palácio de Versalhes.
Continuando nossa rota, passamos na Pont des Arts, e procuramos novamente o cadeado da Ligy e do Alexandre, um casal amigo nosso que freqüenta a mesma igreja que minha família em Fortaleza. Eles foram a Paris no início desse ano e colocaram o cadeado nessa ponte, algo costumeiro entre os turistas.
Dessa vez encontramos bem rápido o cadeado, já que a Ligynha nos deu todas as coordenadas pela internet!
![]() |
Cadeado da Ligy e do Alexandre |
Da ponte, seguimos rumo a Rue des Rosiers, uma rua judaica com várias sinagogas e lojinhas vendendo comidas judaicas, como o falafel. Comprei um falafel vegetariano, por sinal. Bom, acho que era falafel, mas até agora estou na dúvida, porque como muitos dos nomes eram escritos em hebreu, fiquei com uma certa dificuldade para entender, já que não falo esse idioma!
![]() |
No bairro judaico! |
Terminada a odisséia pelo bairro judaico, andamos mais uma meia hora, depois pegamos o trem e paramos na rua do hotel, onde paramos rapidinho para comprar um Subway pra mamãe e uma garrafa de água pra gente!
domingo, 4 de setembro de 2011
Férias 2011 - 4º dia: City Tour, Notre-Dame e Conciergerie
No quarto dia de viagem, dia 2 de setembro, começamos um passeio com uma excursão brasileira, então fizemos um city tour pela cidade dentro de um ônibus, com uma guia explicando a história dos principais pontos turísticos.
O bom de fazer um city tour assim é que passamos pelos locais e sabemos o motivo de eles serem tão importantes, mas não é como se você precisasse de uma guia para isso, basta comprar um livro-guia sobre a cidade que ele sempre fala resumidamente a importância de cada ponto.
Sem contar que você ainda pode descer para bater fotos e passar mais tempo ou menos no lugar, dependendo dos seus gostos, já que terá independência e liberdade para escolher seus horários, diferentemente do que ocorre numa excursão.
Bueno, o city tour durou cerca de duas horas e nossa parada final foi no Arco do Triunfo. Como eu e mamãe já tínhamos visitado essa área, resolvemos voltar pela Champs-Élysées, passar pela Praça da Concórdia, Jardins des Tuileries e Louvre e ir a pé pelo Sena até a Igreja de Notre-Dame.
Eu adoro caminhar pelo Sena, porque sempre presenciamos cenas maravilhosas. Uma das coisas que eu mais gosto nos franceses é o hábito de leitura deles, em todos os parques sempre tem pessoas lendo, até mesmo pelas pontes sempre tem alguém sentado e lendo. A quantidade enorme de sebos que encontramos no percurso entre as pontes também é algo impressionante.
O melhor de tudo não é nem encontrar os sebos, mas ver o número de pessoas paradas em frente a eles, escolhendo livros e discutindo sobre eles. Conversar com franceses é maravilhoso, são pessoas que entendem muito sobre arte e possuem uma bagagem cultural realmente invejável.
Vir à França, principalmente à Paris, faz você querer voltar à época dos grandes poetas e artistas, nem que seja apenas por alguns dias, para saber como era, como eles viviam e o que faziam.
No Quartier Latin encontra-se um café super conhecido, o Les Deux Magots, onde famosos como Hemingway e Picasso freqüentavam. Quando paro para pensar em quantas décadas e gerações esse café já viveu, quantas pessoas importantes já recebeu, fico com uma vontade enorme de voltar no tempo.
![]() |
Tomando o cafezinho na Champs-Élysées! |
Vir a essa capital maravilhosa faz você querer estudar mais sobre as artes, poesia, teatro, sobre os grandes artistas que passaram por aqui e como cada um contribuiu para a história do mundo.
Bom, depois de me empolgar falando sobre essa cidade que me faz perder o fôlego de tão maravilhosa que é, voltemos ao relado da viagem.
Ainda na Champs-Élysées paramos um pouco para comer e tomar café. Foi o melhor café que tomei na França, porque pedi o American Coffee, que veio num copo de 500ml!
Ok, de lá seguimos nosso rumo, fazendo o itinerário que expliquei um pouco mais acima.
Na Conciergerie, com a lista dos condenados! |
Na mesma área de Notre-Dame também tem um famoso museu, que foi primeiramente um palácio e depois se tornou uma prisão, servindo de “moradia” até mesmo para Maria Antonieta, na época da Revolução Francesa. Lá ela ficou até ser levada à Praça da Concórdia, onde seria morta na guilhotina.
Nesse museu encontramos também a lista de todas as pessoas guilhotinadas durante a Revolução Francesa. É uma lista exata das 2780 pessoas condenadas à morte em Paris. Nessa lista tem de tudo, desde curandeiros até padres e nobres.
Da Conciergerie, fomos direto à Igreja de Notre-Dame, passando também pela Île de la Cité. A Igreja de Notre-Dame é realmente linda, mas gostei mais dela vista de trás.
![]() |
Parte traseira de Notre-Dame. |
Quando saímos de Notre-Dame, fomos pela Pont de l’Archevêché, onde tem o Mémorial des Martyrs de la Déportation. Mais adiante, escutamos um grupo de artistas tocando e cantando numa ponte. Como não passava carros nela, apenas algumas motos e bicicletas, sentamos na calçada, assim como alguns outros turistas, e ficamos escutando suas músicas.
Ficamos mais ou menos uma hora escutando a banda tocar e só fomos embora quando eles também foram, às 18h! Como não tínhamos andado muito durante o dia, resolvemos voltar a pé até o hotel, o que resultou numa caminhada de 1h30!
Chegamos mortas e com a cheias de calos nos pés, mas, como em todos os outros dias, o passeio valeu muito a pena!
sábado, 3 de setembro de 2011
Férias 2011 - 3º dia: Torre Eiffel e arredores.
Nosso terceiro dia de viagem também foi super legal e menos cansativo, apesar de também termos andado muito!
![]() |
Torre Eiffel e Pont Bir-Hakeim ao fundo! |
Cedinho pegamos o trem na Place Clichy e paramos no Invalides. De lá fomos a pé até a Torre Eiffel. Passamos pela Pont des Invalides, de L’Alma (que tem a estátua de um soldado francês usada para medir o nível das águas do rio Sena), pela passarela de Debilly e, enfim, chegamos à Torre.
Depois de batermos várias fotos de todos os lados da torre, andamos em direção ao Champ de Mars, um jardim lindo onde os turistas aproveitam para descansar um pouco e bater fotos da torre. Atravessando o jardim, chegamos à Escola Militar, onde também tiramos algumas fotografias e voltamos pelo mesmo jardim até chegarmos novamente à torre.
Continuamos nossa caminhada em direção à Pont de Grenelle, que possui uma estátua da liberdade em dimensões menores, virada para o oeste, para os EUA. Antes dessa ponte, entretanto, passamos também pela Pont de Bir-Hakeim, uma das minhas preferidas devido às suas colunas de sustentação.
Assim que terminamos todas as pontes que nos interessavam, voltamos pelo outro lado do Sena, pela Avenue du President Kennedy, a fim de chegarmos ao Palais de Chaillot, que tem um dos maiores museus marítimos do mundo.
![]() |
Mami e Palais de Chaillot. |
O Palais de Chaillot fica bem em frente à Torre Eiffel, só que do outro lado do Sena. A ponte que liga esses dois lugares incríveis é a Pont D’Iena.
![]() |
Palais de Chaillot |
Depois do Palais, fomos conhecer a Pont Royal, que já foi destruída por um incêndio, e a Pont des Arts, uma das primeiras pontes de ferro feitas para pedestres em Paris. Dizem também que ela é a ponte mais romântica de Paris, mas não estou muito de acordo com isso.
![]() |
Pont des Arts |
Findadas todas as nossas atividades do dia, resolvemos pegar o trem para Montmartre, onde tomamos um café e pegamos um sanduba, subimos rumo ao Sacré-Coeur, estendemos minha canga (que ganhei de presente de uma amiga minha lá do Brasil, a Julinha), e ficamos deitadas, aproveitando o solzinho gostoso e o tempo maravilhoso que fazia, lemos e conversamos um pouco e, então, voltamos para casa, já preparando tudo para o quarto dia de viagem!
![]() |
Fim de tarde no Sacré-Coeur! |
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Férias 2011 - 2º dia: Louvre e Champs Élysées, Marais e Bastilha.
Nossa primeira parada do dia foi o Parc Monceau, um parque lindo, um pouco afastado do centro, o que é bom para quem quer presenciar a verdadeira vida parisiense: pessoas lendo, idosos descansando nos bancos, grupos correndo ou pedalando, crianças brincando no playground e nada de turistas.
![]() |
Parc Monceau |
De lá, seguimos reto pela Avenue Hoche (uma das 12 avenidas que partem do Arco do Triunfo) e chegamos ao Arco. Tiramos fotos, paramos um pouco para assistir a uma dança de rua bem no começo da Avenue des Champs Élysées e depois continuamos andando por ela, até chegar ao seu final, que termina com dois lindos palácios, o Grand e o Patit Palais.
Arco do Triunfo |
A Avenida des Champs Élysées, por sinal, não é a mais larga e muito menos a maior de Paris, mas é a mais cara da Europa. Para quem gosta de moda, lá tem uma loja enorme, ENORME, da Louis Vuitton.
![]() |
Petit Palais |
Depois de batermos fotos nos dois palácios, seguimos entre eles, pela Avenue Winston Churchill, que nos leva à Pont Alexandre III que, por conseguinte, nos liga ao Hotel des Invalides, onde descansa o corpo de Napoleão Bonaparte.
![]() |
Les Invalides! |
De lá, voltamos pela mesma ponte, a Alexandre III, e fomos à Place de la Concorde, onde pessoas foram mortas na guilhotina durante a Revolução Francesa, como a rainha Maria Antonieta.
![]() |
Place de la Concorde |
![]() |
Jardin des Tuileries e Museu do Louvre logo atrás! |
Poucos metros depois nos deparamos com o Jardin des Tuileries. Com 26 hectares, ele começa na Place de la Concorde e termina no Museu do Louvre. É incrível a quantidade de pessoas que param no jardim para ler, conversar um pouco e até para fazer a pausa do trabalho e almoçar. Nunca vi tanta gente de paletó e gravata comendo em banquinhos de praça como nesse dia que fui a esse jardim!
Bem no início do Jardim des Tuileries já dá pra ver o Museu do Louvre. Eu e mamãe batemos algumas fotos em frente a ele, mas não chagamos a entrar, preferimos continuar nosso passeio e andar mais um pouco. Dessa forma, decidimos conhecer a parte leste do Rio Sena, onde fica a Bastilha e a Place de Vosges.
Pois bueno, chegamos à Bastilha, tiramos foto em frente e nos dirigimos à Place de Vosges onde, para variar, tinham várias pessoas sentadas na grama e conversando. Até um cara se bronzeando na maior pose e ouvindo música nuns fones enormes tinha!
![]() |
O cara folgado se bronzeando. hehe |
Depois de andar mais um pouco, chegamos ao Museus Carnavalet, que antes já foi um hotel e agora conta toda a história de Paris através de pinturas e objetos antigos. De lá fomos a dois outros museus: o de História da França e o de Arte e História do Judaísmo.
![]() |
Centre Georges Pompidou |
No final de tanta andança, já estávamos super cansadas, mas ainda tinham mais vários outros lugares para conhecer e, por isso, seguimos adiante! Paramos primeiro no Centre George Pompidou, que choca um pouco de início, mas depois a gente se acostuma e começa até a achar bem interessante a idéia dos dois arquitetos que planejaram a obra.
Depois pegamos o trem e fomos ao Pavillon de L’Arsenal, ao Instituto do Mundo Árabe e ao Musée des Arts et Métiers.
Já realmente super cansadas, pegamos o trem mais uma vez em direção ao nosso último ponto turístico, a Église de Saint-Eustache, que eu queria conhecer por um motivo em particular, a escultura de uma cara com uma mãe enorme.
![]() |
Eis as crianças que acabaram com meu barato. Humpf! |
Tava louca para bater uma foto dentro da mão da criatura, mas quando cheguei lá, aliviada depois de tanto andar e feliz porque finalmente ia tirar a foto mais esperada por mim do dia, a escultura estava dominada de crianças, umas em cima da cabeça, outras agarradas na mão e ainda tinham umas jogando bola por perto. Aff, quase morro de decepção!
De qualquer forma bati a foto da igreja e da escultura. Um dia, quem sabe, eu consiga bater essa foto que tenho desejado desde a primeira vez que li sobre a Église de Saint-Eustache, em janeiro deste ano.
Assim terminou nosso segundo dia em Paris, com 10 horas de caminhada, mais de 200 fotos batidas, muito bate-papo (aquelas conversas bem de mãe-e-filha mesmo) e uma felicidade enorme de estar passando minhas férias numa cidade que eu amo com uma pessoa que eu amo profundamente, minha mãe!
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Só mais quatro dias!
Hoje já é sexta-feira. Só mais quatro dias e finalmente me encontro com a mamãe! Estou super empolgada para vê-la, principalmente porque, neste momento, passo por um momento de muita saudade de casa, da família, dos amigos e da igreja, da minha terra e cultura...
Às vezes acho que o único problema em a mamãe vir pra cá é o fato de ter que me despedir dela no dia 14 de setembro, quando as férias acabam.
Faz tanto tempo que estou longe da minha família, que acabo me acostumando um pouco a viver sozinha, mas nessas duas semanas vou reviver uma boa parte da vida que tinha no Brasil e isso me deixa um pouco amedrontada, porque vou relembrar o quanto é bom ter alguém que te ama e que tu ama verdadeiramente ao lado, e isso vai me fazer sentir sozinha e triste quando voltar das férias de duas semanas.
Espero que Deus me dê forças para conseguir me despedir e não sofrer tanto depois, porque sei que vai ser difícil.
Ontem estava terminando de programar todos os nossos passeios. Já tá tudo certinho: Paris, Château de Fontainebleau, Giverny, Champagne, Paris, Londres... Também aproveitei pra procurar no meu mapa de Paris os dois hotéis onde ficaremos hospedadas durante esses dias: um fica no Quartier Latin e o outro em Montmartre.
Vou postar cada passeio nosso nesse blog e bater foto de cada piscar de olho, assim vai ficar registrado pra sempre as melhores férias que terei tido até agora!
A mamãe nunca viajou pra fora do Brasil e nós duas nunca viajamos juntas, só nós duas, para passear, então vai ser um marco na nossa vida!
Mal posso esperar para ver a mamãe! Mas posso esperar bem muito o dia 14 – esse dia eu não faço questão que chegue muito cedo...
Ah, por sinal, já comecei a fazer a mala que vou entregar pra mamãe com tudo o que não vou mais usar aqui, assim já economizo peso pra quando voltar pra casa em janeiro.
Sabe... Acho que o que mais me deu uma nostalgia foi passar bem uma hora conversando com a mamãe no chat do facebook. Nunca pensei que ia rir tanto aqui no quarto sozinha. Que saudade de conversar com ela... Como eu amo os meus pais, como eles me fazem falta, como eu quero de novo um abraço deles, aquele abraço forte, que tu sabe que é sincero... Ai, que Deus me ajude nesses últimos meses...
segunda-feira, 11 de julho de 2011
FDS: Bernard Antony. Eleveur de Fromages!
Domingo, 10 de julho de 2011
Sobre o final de semana
Bueno, como escrevi antes aqui no blog, eu e o pessoal da sala íamos passar o final de semana em Lucelle a fim de conhecer a Fromagerie do Bernard Antony, que é um “eleveur” de fromages (queijos). O que um eleveur faz? No caso do Bernard Antony, ele compra queijos de vários lugares da França e até mesmo da Suíça e da Itália e trabalha sua maturação para, então, revender os queijos.
Nosso restaurante compra queijos apenas dele para serem servidos aos clientes. Queijos da mais alta qualidade. O Bernard Antony é super famoso e recebe cartas até do Sarkozy. Tem também um cartão de natal que ele recebeu de um príncipe, não sei como ele se chama, mas é careca.
O ponto de partida da viagem era o restaurante. Todos deveriam estar lá às 13h para nos dividirmos entre os quatro carros que tinham. Eu e Luci fomos com o Jan e a Yoshiko, o que me deixou muito feliz! Adoro estar na companhia deles.
Demoramos cerca de três horas e meia para chegar ao hotel onde passaríamos a noite. Ele fica na cidade de Lucelle, na fronteira com a Suíça, e como nos perdemos no finalzinho da viagem, acabamos indo parar lá. Imagina, eu ainda dei uma voltinha pela Suíça no meu final de semana!!
![]() |
Pelo hotel! |
Quando chegamos ao hotel, o Valer já estava lá com as pessoas que ele tinha levado: Manu, Andy, Marine e Marion. Ficamos conversando um pouco até todo mundo chegar e depois eu e a Luci fomos andar pelo hotel com a Marine e a Marion para tirarmos algumas fotos.
O hotel é simplesmente maravilhoso! Rodeado por natureza, cheio de árvores e flores. Até animais tinha por lá: vacas, cabras, gatos... Eu simplesmente amei!
Deu 18h e fui para o meu quarto tomar banho, porque deveríamos nos encontrar às 18h30 para irmos à fromagerie. Assim que chegamos lá, conhecemos a cave de vinhos, brindamos com um champagne, conversamos um pouco e fomos jantar.
![]() |
Um dos pratos de queijos! |
Eram cinco pratos de queijos, o primeiro era um queijo de cabra (um dos meus preferidos) assado sobre um pão torrado; já os outros quatro pratos vinham com cerca de cinco queijos diferentes para degustarmos. Os pratos, claro, seguiam a ordem correta de degustação, por exemplo, do saber mais tênue ao mais acentuado.
Chegamos na fromagerie antes das 19h e saímos quase 1h da manhã! Foi um momento maravilhoso com todas as pessoas da sala. Simplesmente amei o dia!
Quando voltamos ao hotel, fomos direto dormir para voltarmos no outro dia. Tomamos café da manhã e depois demos uma passadinha de novo no Bernard Antony, onde comprei um queijo de ovelha, um pedacinho de comté e outro de morbier. Simplesmente amei o morbier! Nunca tinha comido esse antes!
Não lembro bem o horário que partimos de lá, mas a viagem durou cerca de duas horas e meia! Uma hora a menos para voltar! Engraçado que quando já conhecemos o caminho, sempre fica mais fácil viajar.
![]() |
Queijo Comté! Magnífico! |
Eu sei que poderia diminuir essas duas horas e meia do horário que chegamos aqui, assim saberia quando partimos, mas acontece que paramos no Auchan, em Haguenau, para fazermos as compras para a semana, então o tempo acabou aumentando um pouco, mas como não tenho idéia do quanto demoramos no supermercado, não posso fazer os cálculos.
Bueno, e assim terminou meu findi! Cheguei em casa, arrumei minhas coisas, passei as fotos para o computador e fiquei conversando com o pessoal, me preparando para a outra semana que começava (e que, por sinal, já está acabando: hoje já é segunda!).
Outro final de semana maravilhoso, abençoado por Deus! Como é bom ser protegida e cuidada pelo Pai, como é revigorante sentir-me nos braços dEle todos os dias, sentir o seu amor por mim e saber que sou única para Ele!
![]() |
Casal maravilhoso: Jan e Yoshiko! |
Bom dia a todos!
Assinar:
Postagens (Atom)